Cerca de 120 famílias do bairro Poço Grande, localidade do Pocinho, que vivem próximo ao limite com Ilhota, vão voltar a discutir o abastecimento de água nesta quinta-feira, dia 25, a partir das 18h30min, na Capela do Pocinho. Os moradores insistem para que o Samae de Gaspar assuma o fornecimento na Rua Conceição, geograficamente localizada no município de Gaspar, e adjacências, hoje abastecidas pela Águas de Ilhota, empresa do Grupo Atlantis que tem contrato com a prefeitura do município vizinho. A situação é antiga, já foi pauta de requerimento na Câmara de Vereadores de Gaspar, de autoria do vereador Giovano Borges (PSD), mas até agora nada foi resolvido. Na reunião desta quinta-feira, o vereador Giovano e representantes do Samae e Águas de Ilhota confirmaram presença.
Thiago Junio, morador da Rua Conceição e um dos líderes do movimento, diz que a comunidade está cansada com a deficiência no fornecimento de água. Segundo ele, na última segunda-feira novamente o produto sumiu das torneiras. Ele explica que os moradores pagam seus impostos municipais para Gaspar: IPTU e as taxas de lixo e iluminação pública, só não a água. “Não tem sentido que o fornecimento continue sendo da Águas de Ilhota, até porque nós moramos em Gaspar”, afirma Thiago.

A pedido da comunidade, o vereador Giovano intermediou, no ano passado, uma reunião, que teve a presença do prefeito Kleber Wan-Dall, da diretoria e técnicos do Samae e de cerca de 60 moradores. A ideia era abrir tratativas com Ilhota para que fosse feita a mudança para o Samae, porém, com a assinatura de um novo contrato entre a Prefeitura de Ilhota e a Águas de Ilhota, a decisão foi protelada.

Na época, o diretor-presidente do Samae, Jean Alexandre dos Santos, explicou que do ponto de vista territorial a região pertence a Gaspar e deveria estar sendo atendida com água do Samae. Ele revelou que a autarquia havia instalado parte da rede, mas que precisaria estender por mais 2,5km até a Rua Conceição. Isto porque a rede atual, da Águas de Ilhota, tem mais de 40 anos e possui muitos vazamentos. Procurada pela reportagem, a direção do Grupo Atlantis disse à reportagem ter conhecimento da reivindicação dos moradores, mas que somente irá se pronunciar a partir dos avanços das tratativas.