Iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da Alesc, a iniciativa teve a adesão de diversas entidades


Petrelli (Acaert), Ada De Luca (MDB-SC), Nelson Pereira (ADI/SC) e José Roberto Deschamps/ CREDITO DIVULGAÇÃO

O presidente da Adjori/SC, José Roberto Deschamps, assina o pacto/ CREDITO DIVULGAÇÃO,

No primeiro semestre deste ano, 28 mulheres foram vítimas de feminicídio em Santa Catarina conforme dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Preocupada com esse alto índice, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputada Ada de Luca (MDB) lançou a Frente Parlamentar pelo Fim da Violência contra a Mulher. A intenção da deputada é reunir organizações governamentais e não governamentais em favor da causa.

E a primeira grande ação uniu representantes dos poderes do Estado, sociedade civil organizada e segmentos empresariais. O "Pacto por Elas foi firmado na última terça-feira (9), na Assembleia Legislativa do Estado, durante lançamento da Frente Parlamentar de Combate à Violência Contra a Mulher, no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, que ficou lotado de autoridades e lideranças. Entre as entidades que aderiram ao pacto está a Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina(Adjori/SC), que na oportunidade esteve representado pelo seu presidente, José Roberto Deschamps, que avaliou a iniciativa como fundamental para a redução dos indicadores de violência contra a mulher no Estado. "Quando toda a sociedade se une na busca de um objetivo comum, a possibilidade de atingirmos esse objetivo fica multiplicada", afirmou. O selo, que marca e identifica a campanha, foi oficialmente apresentado e poderá ser utilizado por todos os parceiros, representando os esforços no combate à violência contra a mulher. O donwload do selo está disponível no portal da Alesc: http://www.alesc.sc.gov.br/.

A proponente da frente parlamentar, deputada Ada De Luca (MDB), destacou o trabalho de todos os órgãos presentes no combate à violência contra as mulheres, que trabalham em 'ilhas' separadas e com a criação da frente unirão esforços no combate aos números que envergonham Santa Catarina. Ela lembrou que proporcionalmente o estado ocupa a segunda posição com o maior número de violência doméstica no país e em número de estupros. "Somente de janeiro a 1º de julho deste ano, foram registrados em nosso estado 28 casos de feminicídios. O agressor de hoje é aquele que viu o pai agredir a mãe e temos que acabar com esse ciclo, por isso esse pacto, unindo os esforços."

Segundo a deputada, o pacto vai contar com representantes de todos os poderes e segmentos da sociedade, que se reunirão mensalmente e apresentarão propostas de combate à violência. A primeira reunião está prevista para ocorrer em agosto, quando será apresentado um cronograma de ação, além de estar previsto um espaço virtual para divulgar esse trabalho.

"O objetivo da frente é firmar um Pacto Por Elas para que trabalhemos juntos para mudar a realidade da violência contra a mulher em Santa Catarina. Somente unidos vamos mudar a realidade da violência doméstica e salvar as nossas mulheres catarinenses. Trata-se de um compromisso e responsabilidade de todos nós!"

O presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), salientou o protagonismo do Parlamento catarinense que, acompanhando as demandas da sociedade, apresenta uma proposta de união de esforços para o fim da violência contra a mulher. "Há muitas ações dispersas e com a frente, proposta pela deputada Ada, vamos unir esforços no combate à violência contra a mulher."

Participaram do lançamento da frente as deputadas que integram a bancada feminina da Alesc, Luciane Carminatti (PT), Marlene Fengler (PSD) e Paulinha (PDT), e os deputados Moacir Sopelsa (MDB) e Kennedy Nunes (PSD). A delegada Patrícia Zimmermann D'Ávila, coordenadora estadual das Delegacias de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), observou que o lançamento da frente é muito importante para unir os esforços de todos os poderes e segmentos da sociedade organizada no combate à violência contra a mulher. "É muito importante unir os esforços, colocando políticas públicas, como saúde, educação e assistência social no trabalho de combate à violência contra a mulher. Existem programas e iniciativas importantes, mas que precisam estar integradas e conectadas para prevenir estes crimes e dar a assistência adequada às vítimas".

Participaram do lançamento da Frente Parlamentar de Combate à Violência Contra a Mulher a secretária de Estado da Assistência Social, Maria Elisa da Silveira de Caro; o secretário de Segurança Pública, Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior; o secretário da Educação, Natalino Uggioni; o presidente da Acaert, Marcelo Petrelli; o presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Ademir Arnon de Oliveira; o presidente da Associação de Diários do Interior, Lenoires da Silva; o presidente da Adjori, José Roberto Deschamps; e representantes da Fiesc, Fecam, Fecomércio, ABL, IGP, Ministério Público, Ministério Público junto ao TCE, OAB, Ocesc, Polícia Civil, Polícia Militar, Tribunal de Justiça, Unesc, Tribunal de Contas do Estado entre outras autoridades.