O Rei da Tesoura I

O Rei da Tesoura I


Desde nascido, não em 4 de julho, data significativa para os norte-americanos, os também denominados estadunidenses comemoram o Dia das Graças, deles, é claro! Mantenho o hábito de escrever, rabiscar uma crônica por dia, ao menos., lembrando os adeptos da maldita, consumida todo santo dia pelos fiéis do trago, brasileiros.

Um amigo, Nelson Lamin, gasparense de nascença, foi cortar o cabelo no bairro de Ponta Aguda, ali pertinho do falecido colégio Pontinho Estudantil do professor de matemática Celso Voss.

O atendimento revelou-se o melhor possível. Nota mil. Nossa amizade fez-se imediata. Descobrimos ser da mesma terra, portanto rio-sulenses (dois esses obrigariam a pronúncia desta palavra como se o s (esse valesse por g).

Na realidade, ele nasceu em Pastagem, hoje Agrolândia, mas na época pertencia a Rio do Sul, batizada quando descoberta aquela terra de Bela Aliança.

Seu nome é Francisco Kloppel, o Chico. Mas ele insiste que o chamem apenas de Chiquinho.

Mocinho, um irmãos mais velho, também barbeiro, o trouxe para Blumenau.

Até hoje o irmão possui um salão na zona norte de nossa cidade. Lá, o Chiquinho observava atento o trabalho do irmão. Certo dia, apareceu um alto funcionário da Teka, que queria cortar com urgência a barba em função de um compromisso quase imediato. Como havia muitos fregueses, fato corriqueiro em barbearias, o irmão do Chiquinho disse: - Olha, se quiseres arriscar, meu mano pode efetuar o trabalho. Terminada a missão, o atendido mostrou-se surpreso. Achou ótimo o trabalho e deu uns trocados a mais.

Trabalhou nosso herói em várias barbearias na Ponta Aguda até que resolveu atguar sozinho, solito. Há mais de uma década, possui o Salão Brasil, próximo ao Senac, na avenida denominada Brasil (aliás, nome de uma novela que estourou índices na rede global, por mais de ano). Um de seus maiores orgulhos: Com tesoura e navalha tem um filho cardiologista no Hospital Santa Isabel e uma filha arquiteta e uma terceira advogada.

Outro motivo de inflar o peito: todos os prefeitos de Blumenau e cidades vizinhas utilizam seus serviços. Apenas com três exceções: Décio Nery de Lima, o atual, Mário Hildebrandt. Na lista se incluem todos os bispos da catedral, incluindo frei Pascoal Fusinatto, de José Boiteux, nato entre a indiada de Ibirama e ex-diretor do Colégio Santo Antônio e figuras proeminentes da Cidade outrora denominada Cidade Jardim.

Rindo muito, recorda um episódio insólito. Foi convidado elo radialista, falecido,r Moacir Bosco Galliani a faer a barba do jornalista e comunicador Valter Osthermann, figura que marcou presença no também falecido de morte mandada Jornal de Santa Catarina. E a cena foi fixada no estúdio da emissora de Sta. Catarina. Diz que se Valther se mostrou nervoso, ele nem aí, só de olho no espetáculo circense. Cumpriu o dever da melhor forma possível.. Em Rio do Sul lecionou no Grupo Escolar Paulo Zimmermann. Era municipal, depois. Estado tomou conta. Ficou seis meses sem ver a cor do dinheiro. Passei também pelo mesmo drama nos meus tempos do Colégio Pedro II.

Estudou também ,como eu, no colégio dos salesianos, o Dom Bosco. Chiquinho participa ativamente de atividades religiosas em diversos templos da região. Suas sugestões são normalmente acatadas.

Chegamos à conclusão: Se ele possivelmente um dos barbeiros mais antigos de Blumenau, eu (infelizmente), pelo jeito, sou o mais velho dos jornalistas na ativa. Decano pois, pois...

Nomeei-o, apelando para apelidos, de O Rei da Tesoura. Verdade seja dita: é um tesouro de pessoa Ele merece pelo procedimento, modo de agir, sinceridade total no falar, amando de todo o coração a cidade que tão bem o adotou. É digno desses versos do Cartola: "Semente de amor eu sei que sou desde nascença".


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