Em nota, Brusque se defende de acusação e coloca mais polêmica no caso

Suposto ato de racismo ocorreu durante o empate em 0 a 0, no último sábado, no Augusto Bauer, em Brusque

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Celsinho se diz novamente vítima de ato de racismo / FOTO DIVULGAÇÃO LONDRINA

O empate sem gols com Londrina, no começo da noite de sábado (28) pela Série B do Brasileirão, poderia ter sido unicamente mais um mau resultado do Brusque, que vem caindo de produção rodada a rodada e está a sete jogos sem vencer, porém, o confronto contra um time que está na zona se rebaixamento se tornou polêmico por um episódio extracampo. Ao final da partida, em entrevista ao canal SporTV, o meio-campo Celsinho, do Londrina, que estava na reserva e depois entrou na partida, denunciou ter sido vítima de ato de racismo por parte de um suposto dirigente do Brusque, que estava assistindo ao jogo em um dos camarotes do Augusto Bauer. Segundo o atleta, o dirigente o teria chamado de "macaco". "Eu não sei se ele faz parte da comissão técnica, da diretoria, é um senhor de camisa vermelha que se encontra no camarote", apontou o atleta. Celsinho lamentou ainda que, mais uma vez, uma equipe de porte médio para baixo, recém ingressando na Série B, cometa um ato desses inadmissível, mas garantiu que providências serão tomadas.

O caso repercutiu na imprensa nacional durante o fim de semana. Na noite de domingo (29), a diretoria do Brusque emitiu uma nota oficial lamentando o episódio, porém, saindo em defesa do seu dirigente, o que colocou ainda mais lenha na fogueira. O clube vem sendo atacado nas redes sociais. Na nota, a diretoria faz referência ao fato do jogador Celsinho ser reincidente neste tipo de episódio. "Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira perseguição ao mesmo". A nota na íntegra você confere abaixo. A diretoria do Londrina, até o momento, não se manifestou sobre o caso. O nome do suposto dirigente envolvido no caso não foi revelado.

NOTA À COMUNIDADE!

O atleta Celso Honorato Júnior, reserva do Londrina E.C., relatou à imprensa que teria sido chamado de "macaco" por membros da Diretoria do Brusque F.C., durante o jogo realizado ontem (28/08).

O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas. Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso Clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido.

O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira "perseguição" ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de "macaco", mas sim que teriam dito "vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha", o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos.

O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo.

A Diretoria