Tenho em minhas mãos, quentinha, a agenda 2021 do jornal Metas - Gaspar, sua história. Do alto dos teclados, sente-se o dedo perfeitíssimo do seu criador, de longa data, jornalista Alexandre Melo.

Seguindo tradição de muitos anos, damos nosso modesto parecer sobre a obra. Não se trata de minha querida agenda e sim de um registro sincero e imaculado de um resgate dos mais importantes momentos da vida gasparense.

Com capa mais do sugestiva em relevo vê-se um canoeiro (seria Ângelo Dias, mas cadê o Doctor Blumenau, uma vez? É a ilustração maior do mosaico das atas gasparenses.

 E nas fotos em preto-e-branco, todas perfeitas e sugestivas, nossos olhos devoram itens como Bicicletas e seus jovens donos. Isso na década de 19OO.

E a rua principal de Gaspar, Aristiliano Ramos, torna-se a estrela principal e maior atração. Bares, cafés, restaurantes e sorveterias, na década de 194º pontuam nossa viagem nos túneis do tempo.

Carros-de-mola (diríamos charretes como nos faroestes) eram utilizados para passeios familiares, viagens e condução de noivos, parteiras, médicos e passageiros.

O Banco Inco pontifica. O império dos Bornhausen, Konder, Miranda Lins e por aí num sem fim de figuráveis e colunáveis.

Ninguém gosta de que precisa de ônibus, coletivos, humilhantes, ligando Gaspar a Blumenau.

E o comércio começa a auferir grandes lucros. O primeiro tubarão, no bom sentido, é o senhor Júlio Schramm, com imponentes prédios.

E a história das Marias Fumaças unindo o Alto Vale do Itajaí às praias dos papas-siris, ficaria incompleta.

Cana-de-açúcar, arroz, milho, mandioca, argila eram levados por carroças com banco de molas.

Com a participação dos munícipes, em 18 de março de 1934, ocorreu a festa da instalação do município de Gaspar, junto da escadaria da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo. Década de 1930.

Construíram a Igreja sem escadaria. Mas de10 de fevereiro a 31 de março de 195O, a construção da nova escadaria da Igreja São Pedro Apóstolo mobilizou voluntários da paróquia, seis pedreiros e três serventes, caminhões e o trator de esteiras da família de Pedro Sabel.

E como indagaria o Barão de Itararé: O que faz o peixe? Ora, nada. E o delicioso robalo, pra quem tanto faz água doce ou salgada, motivava pescarias no outono. E de 193O a 195O ocorreram competições de pesca promovidas pela comunidade.

No ano de 1952, além de produzir fios e linhas para trabalhos manuais, a Círculo prestava serviços de mecânica, solda, marcenaria, tipografia e tinturaria para empresas da região. Em 202º, a empresa completou 83 anos de atividades. Rua Dr. Nereu Ramos, 360, bairro Coloninha, Gaspar.

Resta aguardar para 2022 a nova agenda sempre com surpresas em relação ao tema abordado.