Presidente Russo acusa Ocidente de querer dividir o seu país e vai convocar 300 mil cidadãos para a guerra na Ucrânia

Em pronunciamento nesta quarta-feira (21), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o Ocidente está dividindo a Rússia e ameaçou utilizar armas nucleares na guerra que vem travando contra a Ucrânia. A declaração do líder russo provocou uma reação imediata dos principais líderes mundiais, que estão reunidos em Nova Iorque, nos Estados Unidos, para a 77ª Assembleia das Nações Unidas. O presidente da França, Emanuel Macron, chamou a guerra na Ucrânia de uma ameaça de retorno do imperealismo.

"A Austrália condena as ameaças do presidente Putin de usar "todos os meios" à sua disposição. As alegações de defender a integridade territorial da Rússia são falsas. A Rússia deveria se retirar imediatamente da Ucrânia e cessar sua agressão ilegal e imoral contra a Ucrânia", condenou a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong,Putin afirmou que o Ocidente quer "destruir e dividir" a nação russa e, por isso, pretende convocar 300 mil cidadãos - que já tiveram alguma experiência militar - para a guerra contra a Ucrânia. Se confirmada, essa será a maior mobilização da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.

"O anúncio de #mobilizaçãoparcial de Putin é um ato de desespero. A Rússia não pode vencer essa guerra criminosa. Desde o início, Putin subestimou completamente a situação - a vontade de resistir na #Ucrânia e a união de seus amigos", reagiu o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz

O líder russo ainda reafirmou a intenção de usar armas nucleares caso a soberania do seu país seja ameaçada pelo Ocidente, e acrescentou: "Isso não é um blefe."

Para Putin, existe uma clara intenção do Ocidente de enfraquecer, dividir e destruir a Rússia. "Eles dizem que em 1991 foram capazes de dividir a URSS, e agora chegou a hora da própria Federação Russa, que deveria se dividir em muitas regiões em guerra", assinalou.