Paulo Koerich é o fato novo
Com o apoio de um grupo de amigos, delegado colocou seu nome à disposição do pleito municipal
A movimentação pré-campanha eleitoral em Gaspar deu um passo importante na noite desta terça-feira, dia 30. Em encontro, que reuniu cerca de 400 pessoas no Restaurante Questão de Gosto, anexo à Associação JBS/Seara, no bairro Poço Grande, o delegado de polícia civil da Comarca de Gaspar, Paulo Norberto Koerich, aceitou colocar seu nome à disposição de um projeto, ainda apartidário, coordenado por um grupo de amigos mirando uma futura disputa à cadeira do executivo gasparense nas eleições deste ano. Além de Koerich, falaram durante o evento Carlos Schmitt, Francisco Graciola, Beto Toniolo e Sérgio Roberto Waldrich, além dos deputados Egídio Maciel Ferrari (PTB), Napoleão Bernardes (PSD) e Ivan Naatz (PL), que também marcaram presença.
Delegado de polícia próximo de completar 30 anos de profissão, Beto Koerich, como é conhecido entre amigos, é o fato novo da política local nesta arrancada para as eleições municipais de 2024 em Gaspar. Aos 57 anos, ele nunca disputou cargo eletivo e, segundo o próprio Koerich, essa ideia nunca passou pela sua cabeça. Há cerca de um ano, surgiu o convite informal num jantar entre amigos. Desde então, o delegado vem amadurecendo a ideia, conversando com a família e amigos, pesando os prós e contras, até que nesta terça-feira disse “sim”. Na área da segurança pública, Koerich traçou um caminho de sucesso e conquistas, atingindo o auge em 2019 quando foi nomeado pelo então governador Carlos Moisés, Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina e, na sequência, Secretário Geral da Segurança Pública. Em 2022, deixou o governo do estado e retornou para a Delegacia de Polícia da Comarca de Gaspar. Em seu discurso, ele fez questão de destacar a sua origem familiar, desde o avô, que foi tropeiro, à sua mãe que ocupou o cargo de diretora da Escola Honório Miranda, onde ele concluiu o ensino básico. Disse ainda ter orgulho de ser “gasparense quebra-tigela”, lembrando que mesmo durante o período de três anos em que esteve no governo do estado não deixou de morar na cidade. Admitiu que a decisão de colocar seu nome à disposição foi difícil e precisou ouvir diversas pessoas. “Conversei com amigos e pessoas que tem experiência, que estão comprometidas com o todo independentemente de cargos, independentemente de poder aquisitivo, pessoas que têm a responsabilidade para com a família e o próximo, para com a cidade e para com Deus”, declarou.
“Eu aceito sim colocar o meu nome à disposição para que a partir de agora este grupo que está formatando o projeto tenha autoridade e liberdade para conversar com as agremiações político-partidárias visando
uma filiação.”
Koerich afirmou que o convite é, na verdade, uma responsabilidade que não é só sua, nem do grupo de pessoas que o convidou para sentar numa mesa e conversar sobre um projeto. “O nosso país começa aqui, no município, e nós temos que fazer as mudanças, fincar bases”, enfatizou, para logo em seguida dar a declaração que todos aguardavam:
Koerich deixou claro que não é pré-candidato porque ainda não está filiado a partido político, e quando essa decisão acontecer terá de passar pelo crivo do diretório municipal e filiados do partido escolhido. A condução desse processo ficará a cargo do grupo que o apoia. “Os próximos passos serão muitos e deverão ocorrer com muita pressa, porque até 16 de abril é preciso definir a filiação partidária, em seguida a desincompatibilização do cargo de delegado de polícia”, explica Pedro Bornhausen, um dos articuladores do grupo. Ele observa que até começo de abril é preciso definir o vice-candidato, criar a estrutura partidária com legenda para candidatos a vereador. “Os outros partidos já estão adiantados, mas o nosso compromisso é mostrar que esse é um projeto diferente, nós vamos convocar a comunidade a apostar no diferente”, enfatizou. Para ele, a reunião desta terça-feira foi decisiva e superou a expectativa. “Está todo mundo sintonizado com o Paulo Koerich, é um projeto que tem tudo para crescer, agora é preciso ter a habilidade de costurar o processo político”, avaliou.