Saiba quem são e o que pensam os pré-candidatos a prefeito de Gaspar

Por Alexandre Melo
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O primeiro mês do ano eleitoral fechou com movimentação em torno de pré-candidaturas à Prefeitura de Gaspar. A lista é grande, reúne sete nomes oficialmente e um oitavo ainda. Na eleição anterior – em 2020 – cinco candidatos disputaram a cadeira do executivo municipal, porém, os cenários estadual e nacional eram diferentes do atual, por isso especula-se que a disputa final vai ficar entre de 3 ou 4 nomes.

O conservadorismo se fortaleceu em Santa Catarina. Essa é a aposta dos pré-candidatos mais alinhados à direita, enquanto a esquerda se despe de ideologias e aposta em nomes. Os caminhos da política nem sempre são trilhados em solos firmes, algumas pedras soltas podem afastar concorrentes da disputa antes mesmo do apito inicial do jogo, por isso estar de um lado ou de outro não significa muita coisa neste momento. O importante é lá na frente quando a soma de dois mais dois realmente for quatro. Os interesses e projetos poderão unir pré-candidatos e partidos numa única chapa.

Por enquanto, eles são nomes que, com o apoio de seus partidos, blocos partidários ou ainda grupos organizados da sociedade querem entrar na disputa. Alguns se lançaram em eventos com grande presença de filiados e simpatizantes, outros mais discretos simplesmente chegaram. Cinco militam na política gasparense há bastante tempo, são figuras carimbadas, pois concorreram em eleições passadas e, portanto, confiam na base eleitoral e, claro, na memória curta do eleitor.

Dois ocupam cargos eletivos: um é o atual vice-prefeito, outro é vereador de segundo mandato. Três são marinheiros de primeira viagem, vão precisar remar mais para sair do anonimato eleitoral. Todos acreditam que podem fazer mais e melhor por Gaspar, embora tenham consciência das dificuldades que é governar uma cidade com muitas obras a serem executadas e caixa limitado. O desafio de fazer mais com menos é motivador.

Sondagens
As sondagens ou enquetes eleitorais vão ajudar os partidos a mitigar o processo, torná-lo mais cristalino e apontar as reais chances de cada um. Todavia, há quem desacredite das tais “sondagens internas”, pois seriam elas retrato do momento atual, podendo apresentar um quadro diferente quando de fato o tiro for disparado e a corrida eleitoral começar. O o eleitor ainda não está sintonizado com a eleição. A disputa, por ora, se resume a conversas entre os partidos políticos em torno de alianças. A data de 6 abril é a primeira importante do calendário eleitoral de 2024. Até lá, o caminho precisa ser pavimentado e os postulantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador devem estar filiados a partidos políticos. Já as convenções partidárias, que é quando se definem de fato os candidatos, somente vão ocorrer no período entre 20 de julho e 5 de agosto, com mais dez dias de tolerância. Até lá, muito água vai passar por debaixo das duas pontes de Gaspar. Nas próximas páginas, você vai conhecer quem são os pré-candidatos, o que pensam da cidade e das alianças partidárias. Um primeiro contato com a população, que já vai se familiarizando com alguns nomes que provavelmente vão estar na urna em 6 de outubro.

O pré-candidato do Novo, Edinei de Souza recebeu os questionamentos da redação, porém até o fechamento dessa reportagem não havia retornado.

Exemplo vem de berço

Aos 51 anos, o empresário Oberdan Barni (Republicanos) decidiu que era o momento de entrar para a política. Seu pai, Odir Barni, contador aposentado da Prefeitura de Gaspar é uma pessoa atuante na comunidade – fundou o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Gaspar (Sintraspug) - e de opiniões fortes, o que é motivo de orgulho do filho. A mãe, Marilene Teresinha Barni, é professora. A expertise do pai em temas pertinentes à gestão pública foram marcantes para Oberdan. Ele conta que admira muito o conhecimento do pai em temas como: Orçamento Público, Diretrizes Orçamentarias, leis de responsabilidade fiscal, princípios e normas da administração pública.

Oberdan, no entanto, acabou indo para o setor privado, onde é o gestor e fundador da marca empresarial “Massa Super Forte”, um produto utilizado na construção civil. Agora, com o apoio fudamental do pai, ele quer mostrar que a fruta não cai tão longe do pé.

O atual cenário político

“A possibilidade de apresentar nomes ao pleito municipal é regrada pela Constituição Federal, licito ao regime democrático. Vejo o excesso de polarização transgredir regras. A polarização crescente é promovida por aqueles que se favorecem dela. Políticos, partidos e grupos mais extremistas se alimentam do descontentamento e da intolerância para ganhar mais apoio às “suas” ideias. A polarização favorece a ascensão de líderes “iliberais”, ou seja, que tem pouco apreço às normas democráticas e às limitações de poder.”

Quem se beneficia de tantos candidatos?

“Repito: o excesso de polarização transgride regras. O risco das práticas eleitorais serem travadas e vencidas somente por meio de recursos comerciais ao invés de princípios e interesses sociais, inevitavelmente, a insatisfação da sociedade aparecerá e a democracia correrá sérios riscos.” 

Você nunca disputou uma eleição. Isso ajuda numa eventual disputa eleitoral contra quem já está há mais tempo militando na política? 

“Não sou fruto de marketing político. Meu carisma de estar entre os gasparenses me credencia à disputa eleitoral. Tenho o cheiro do povo. Conheço as necessidades de cada bairro de Gaspar. E tenho planos de governo inovadores para a cidade “Coração do Vale” e para o coração dos gasparenses.”

Especialistas de plantão apostam que na “hora H” você abre mão da candidatura e apoiará outro candidato. O que você responde? 

“Os especialistas de plantão pouco fazem por Gaspar. Todo mundo é livre para opinar, mas eu sou pré-candidato à prefeitura e nada me fará mudar, e quem estiver disposto a ajudar neste projeto é bem-vindo. Desistir, jamais, prefiro perder ao lado das pessoas certas do que ganhar ao lado das pessoas erradas. Eu não estou sozinho, estou acompanhado de um projeto de mudança, e nada neste mundo me fará desistir de apresentá-lo para a população e, junto com ela, fazer as mudanças que Gaspar tanto precisa.” 

O seu partido, o Republicanos, além de ser recente em Gaspar é do ex-governador Carlos Moisés, que não goza de boa popularidade na região. Até que ponto isso pode atrapalhar uma possível candidatura?

“O Republicanos é um movimento político conservador, fundamentado nos valores cristãos, tendo a família como alicerce da sociedade, preservando a soberania nacional, a livre iniciativa e a liberdade econômica, encorajando o progresso tecnológico como caminho inevitável para o desenvolvimento humano. A Figura do ex-governador Carlos Moisés tem meu respeito, vem se tornando a cada dia mais uma liderança política forte e em nada me atrapalha, muito pelo contrário. Ele é o presidente do meu partido e tenho por ele um grande respeito.”

Gaspar não tem tradição de votar em candidato que aparece pela primeira vez. Já tivemos experiências anteriores. O que te faz pensar que desta vez será diferente?

“Para que se estabeleça como “tradição” é necessário auditar os fatos. No atual cenário político de Gaspar não existe mais espaço para o “velho”. As mesmas práticas, os mesmos personagens e as mesmas “junções partidárias”. Em foco o “poder” a qualquer preço. Eu não sou algo novo. A “tradição” política se muda com hábitos políticos novos e com propostas inovadoras, visionárias e tangíveis. Isso, na verdade, é o diferente. O cenário político de Gaspar clama por mudanças e não por “tradição”. Por isso tenho clareza do que a população precisa, é isso que ofereço: a verdadeira mudança.”

Você tem dito que as sondagens pré-eleitorais o colocam numa boa posição. Você acredita que irá se mantê-la quando a campanha começar?

“A pesquisa eleitoral serve como balizamento para entender o que o eleitor quer e espera de um candidato. Desde o momento em que coloquei meu nome à disposição venho recebendo muito apoio e isso é inspirador, vamos chegar no momento de apresentar as propostas e acredito muito no nosso plano de governo, afinal, mesmo sendo empresário não está fácil para ninguém. Portanto, será uma campanha de propostas contra adversários com os cofres cheios.”

Quase pré-candidato

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Delegado de polícia próximo de completar 30 anos de profissão, Paulo Noberto Koerich, 57 anos, ou simplesmente Beto Koerich, como é conhecido entre familiares e amigos, é o fato mais recente no xadrez da política nas eleições municipais deste ano. Dos oito possíveis candidatos, ele foi o último a colocar seu nome à disposição. E, ao contrário dos demais, faz questão de afirmar que não é pré-candidato. “Se alguém está falando que eu sou candidato ou pré-candidato está falando por conta e risco próprio”. A explicação está no fato dele não ter filiação partidária, hoje é apenas um nome que cedeu aos apelos de um grupo de amigos da cidade e se colocou à disposição. É verdade que não foi um evento qualquer. De todos realizados até agora na cidade, com foco nas eleições municipais, foi o que teve a maior adesão: cerca de 400 pessoas, incluindo três deputados estaduais. O encontro foi na noite do último dia 30 de janeiro, na Associação dos Colaboradores da JBS/Seara. Neste dia, Koerich disse “sim”.

Quem é Paulo Norberto Koerich?

Paulo Norberto Koerich é nascido em Blumenau, mas foi em Gaspar que fixou residência há muitos anos e onde hoje trabalha e mora com a família. Ele cursou o ensino básico em escolas municipais e estaduais de Gaspar. Na carreira de policial civil, projetou-se como Chefe de Gabinete do secretário de segurança pública de SC, o então promotor de Justiça Luiz Carlos Schmitt de Carvalho, no final dos anos 1990. Após ter atuado como delegado de polícia nas comarcas de Gaspar, Joinville, Itajaí e Blumenau, Koerich esteve à frente das delegacias regionais de polícia de Blumenau e titular das Diretorias de Polícia do Litoral e do Interior. Integrou ainda o Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (GAECO). Em junho de 2018, depois de um período em Itajaí, reassumiu a titularidade na Delegacia de Polícia e de Trânsito da Comarca de Gaspar, porém, três meses depois foi convidado pelo então governador eleito, Carlos Moisés, a assumir a Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado. Neste período, Koerich ainda ocupou, por um ano, a presidência do Colegiado de Segurança Pública Integrado de Santa Catarina. Em 2022, deixou o governo do estado, reassumindo a titularidade na Delegacia de Polícia de Gaspar.

O convite

Segundo Paulo Koerich, a ideia de se tornar político nunca passou pela sua cabeça. O convite veio há cerca de um ano, durante jantar com um grupo de amigos. Ao consultar a família, a primeira reação foi não aceitar. Com o passar das semanas e dos meses, ele começou amadurecer a ideia, pesar na balança os prós e contras. “A decisão não foi fácil, conversei com vários amigos e pessoas que tem experiência, que estão comprometidas com o todo independentemente de cargos, independentemente de poder aquisitivo, pessoas que têm a responsabilidade para com a família e o próximo, para com a cidade e para com Deus”, relembrou. Ele contou que, ao longo de 2023 foi questionado por várias pessoas que tem bagagem política se aceitaria colocar seu nome à disposição. “Algumas até disseram que eu fui embretado. Esse “embretamento” é, na verdade, uma responsabilidade que não é só minha nem do grupo de pessoas que me convidou para sentar à mesa e conversar sobre um projeto, não é de três ou quatro pessoas que pensam sobre um todo. O nosso país começa aqui, no município, nós temos que fazer as mudanças e fincar as bases”, declarou.  
Koerich fez questão de destacar a sua origem familiar, desde o avô, que foi tropeiro, à sua mãe que ocupou o cargo de diretora da Escola Honório Miranda, onde ele concluiu o ensino básico.
Koerich disse ainda ter orgulho de ser “gasparense quebra-tigela”. Lembrou que mesmo durante o período de três anos em que esteve no governo do estado não deixou de morar na cidade.

O Sim

“Eu aceito sim colocar o meu nome à disposição para que a partir de agora este grupo que está formatando o projeto tenha autoridade e a liberdade para conversar com as agremiações político-partidárias visando uma filiação e nós estamos nos 45 do segundo tempo, tem prazo até o final do mês de março precisamos estar com tudo decidido.”

Apoio apartidário

O nome de Paulo Koerich tem o apoio de um grupo de amigos apartidários. Esse grupo vai abrir tratativas com partidos políticos que estejam alinhados ao projeto que foi montado. Por enquanto, duas siglas aparecem com boas chances de ser o destino de Koerich, caso ele leve adiante a ideia de disputar a eleição: PL e PSD. O PSD faz parte do bloco governista, que reúne cinco partidos políticos da cidade. No entanto, o diretório estadual já se manifestou contrário a qualquer aliança ou bloco partidário neste momento. A ideia é disputar a eleição com candidato próprio, neste caso o nome, por enquanto, é o do vereador Giovano Borges (PSD), mas nada definitivo. O PL também tem pré-candidato, o engenheiro Rodrigo Althoff.  

Os próximos passos

Para se tornar pré-candidato, Paulo Koerich precisa cumprir alguns trâmites burocráticos. Além de escolher o partido, ele ainda vai precisar da aprovação do diretório municipal e filiados. O próximo passo é a escolha do pré-candidato a vice-prefeito, definir nominata de pré-candidatos a vereador e, por fim, se desincompatibilizar do cargo de Delegado de Polícia. Tudo isso até meados de abril. 

Pré-candidato e nominata definidos

Vereador de 2008 a 2011 pelo Partido Verde (PV) com passagem pela Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento, o engenheiro civil Rodrigo Boeing Althoff (PL) é empresário do ramo imobiliário e da construção civil. É, também, diplomado em Geografia e Administração, com especializações em Gestão Pública, Engenharia de Segurança do Trabalho, Gestão Acadêmica, Planejamento e Gestão do Trânsito e Gerência de Cidades. É mestre em Engenharia Ambiental e atualmente cursa doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desde 2009 é servidor público concursado do Instituto Federal Catarinense (IFC) onde já ocupou posições de liderança, como a Diretoria de Desenvolvimento Institucional (2014 a 2016) e Diretoria de Engenharia e Planejamento (2016 a 2018). Althoff ainda lecionou e coordenou o curso de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Sociesc de Blumenau de 2017 a 2020.
Em 2011, quando ainda era vereador, disputou sua primeira eleição municipal majoritária ao ser vice-candidato na chapa encabeçada por Kleber Wan-Dall (MDB) que terminou em segundo lugar. De 2012 a 2020, Althoff se alijou da política para se dedicar à vida profissional. Em 2020, voltou à cena como candidato a prefeito pelo PL, conquistando o segundo lugar com 22,23% dos votos. De lá pra cá tem sido uma das principais lideranças do partido no município. Foi um dos primeiros a se lançar pré-candidato a prefeito.

Por que a decisão de tentar mais uma vez?

“Foi pelo forte desejo de que Gaspar pode mais, que podemos construir uma cidade forte. Acredito que posso contribuir significativamente para melhorar a vida na nossa cidade. Andando por Gaspar, conversando com as pessoas nos bairros e em eventos, sinto uma onda crescente de apoio e incentivo.” 

sobre O atual cenário pré-campanha  

“É normal que cada partido político tenha seu pré-candidato. Até as eleições este número deve diminuir. O cenário atual indica 4 ou 5 candidaturas em Gaspar.”

O PL fez convite aberto a Paulo Koerich. Caso ele aceite, você abriria mão da candidatura?

“Estamos na torcida para que o Paulo coloque seu nome à disposição, e, junto de seus apoiadores consiga transformar este movimento num time, construir uma nova legenda, e chegue forte para o pleito eleitoral. No 22 já passamos por estas etapas, estamos com a nominata pronta, nomes definidos, pré-candidaturas organizadas. Nosso foco, seguindo a orientação do governador e presidente do partido Jorginho Mello, é apresentar uma chapa majoritária composta por dois partidos, dois nomes fortes e duas boas legendas de pré-candidatos a vereador. E estamos próximos disto.”

Há cinco partidos formando a base do atual governo e três candidatos, além de um outro que vai tentar o 4º mandato. O que te preocupa mais nestas duas situações?

“Acredito que o foco principal deve ser em como podemos trazer uma mudança significativa para Gaspar. Nos últimos 25 anos, MDB/PP e PT tiveram a chance de governar, agora é a hora de uma nova abordagem. Meu compromisso é com uma gestão transparente e voltada para resultados. Estamos conversando com as pessoas e entendendo suas demandas. Nosso objetivo é criar um governo que não apenas resolva os problemas atuais, mas que também planeje e construa o futuro.”

O “bolsonarismo” é forte em Gaspar. isso pode ser decisivo na eleição?

“Sim, o ‘bolsonarismo’ continua em alta, o que vai impactar significativamente nas eleições municipais em Gaspar e região. Continuaremos a trabalhar com as pautas conservadoras, em linha com os princípios que defendemos e que são compartilhados pelo nosso partido, o mesmo do presidente Bolsonaro e do Governador Jorginho Mello. Contudo, reafirmamos nosso compromisso com as pautas locais e as necessidades imediatas da população. Com uma estratégia eleitoral equilibrada, combinaremos os princípios ideológicos com propostas práticas e específicas, atendendo diretamente às necessidades dos cidadãos.”

Você tem aparecido bem nas sondagens eleitorais. Isso o credencia a ser de fato pré-candidato?

“Sim, o ‘bolsonarismo’ continua em alta, o que vai impactar significativamente nas eleições municipais em Gaspar e região. Continuaremos a trabalhar com as pautas conservadoras, em linha com os princípios que defendemos e que são compartilhados pelo nosso partido, o mesmo do presidente Bolsonaro e do Governador Jorginho Mello. Contudo, reafirmamos nosso compromisso com as pautas locais e as necessidades imediatas da população. Com uma estratégia eleitoral equilibrada, combinaremos os princípios ideológicos com propostas práticas e específicas, atendendo diretamente às necessidades dos cidadãos.”

Você tem aparecido bem nas sondagens eleitorais. Isso o credencia a ser de fato pré-candidato?

“É bom ver que as pesquisas estão nos colocando lá em cima, sempre entre os três primeiros. Isso mostra que a gente está no caminho certo. Eu represento um projeto pra Gaspar, de pessoas que querem seriedade e atitude na prefeitura. Temos o propósito claro de fazer obras, ações e sempre ter seriedade no trato do dinheiro público. Por onde a gente passa as pessoas sentem essa seriedade, esse compromisso com Gaspar e sua gente. Feliz com os resultados das pesquisas, vamos continuar conversando com as pessoas e trabalhar ainda mais.”

O nome do delegado Paulo Koerich teria o apoio do governador Jorginho Mello, que é do seu partido. Como você encara essa situação?

“Trabalhamos com o que temos de concreto e com base no planejamento que fizemos junto de nosso Governador Jorginho. Desta forma, o PL 22 de Gaspar já tem seu pré-candidato e sua nominata definidos. Apoiamos e contamos com o apoio do nosso partido, do Governador, do nosso Senador, e da nossa bancada de deputados estaduais e federais de SC, e principalmente, o apoio irrestrito da nossa executiva municipal. O governador indicou que quer vencer as eleições em Gaspar e vai ajudar muito. Temos a certeza que nos apoiará numa eventual nova composição em chapa majoritária, desde que, haja alinhamento com os princípios conservadores do nosso partido e apoio da nossa executiva municipal.”


De olho no quarto mandato

 Filho de comerciantes, Pedro Celso Zuchi (PT) nasceu, cresceu e reside no bairro Bateias. Iniciou a vida profissional na Souza Cruz, em Blumenau, como instrutor técnico. Foi servidor público concursado da Petrobras entre 1975 e 1993, chefiando a área operacional de dutos e terminais de navios. Posteriormente passou a atuar na área comercial, com importação e exportação de petróleo e derivados, permanecendo até a aposentadoria.
Depois foi para o lado do empreendedorismo, passando a administrar sua própria empresa. Celso também é formado em Direito. Em 2000 saiu do anonimato político ao se lançar candidato a prefeito de Gaspar pelo PT. Saiu do último lugar nas pesquisas para ser eleito com 26,39% dos votos. Em 2004 foi para a reeleição e acabou derrotado. Voltou a assumir a prefeitura em 2009 e, em 2012, foi o primeiro prefeito reeleito da história política de Gaspar. Celso foi ainda vice-presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) em 2012, e presidiu a entidade em 2013.
Em 2024, ao 71 anos, vai tentar o quarto mandato. Se conseguir, se torna o prefeito na história de Gaspar a ocupar por mais tempo a cadeira do executivo, privilégio até hoje de Leopoldo Schramm, que governou a cidade por 13 anos ininterruptos. “Sou uma pessoa humilde, aprendi desde cedo a ser uma pessoa honesta e correta. Governei Gaspar por três mandatos. Fui o primeiro prefeito reeleito na história do município.”

Cenário Político atual

“É de especulações. Há muito que se desenhar até o cumprimento dos devidos prazos eleitorais”.

Quem se beneficia de vários candidaturas?

“Certamente os eleitores, pois terão opções distintas para escolher o melhor governante para Gaspar. É preciso ter em mente que os escolhidos nas próximas eleições irão executar leis e tomar decisões que interferem diretamente na vida de cada cidadão.”

Qual A Motivação para tentar o 4º mandato?

“Minha motivação é sempre baseada na capacidade de realização e de proporcionar melhorias para a cidade. Todos sabem que importantes obras foram realizadas em nosso governo e que com vontade e determinação podemos realizar muito mais do que temos presenciado ultimamente”.

Se o Celso não disputar e eleição, o PT tem outros nomes?

“Sempre tivemos um mandato pautado pelo coletivo e por decisões em conjunto. Temos nomes hoje como o do vereador Dionísio Bertoldi, o ex-vereador Rui Deschamps, e a ex-vice-prefeita Mariluci Deschamsp Rosa.”

O PT de SC pode contar com o Governo Lula?

“Pode alavancar da mesma forma que fez em nossas administrações. Vale lembrar que o Governo Federal investiu somente na Ponte Prefeito Dorval Pamplona (Ponte do Vale) mais de R$ 40 milhões. Instituto Federal de Santa Catarina, escolas, unidades de saúde, viaduto, drenagens, pavimentações e tantas outras obras.”

Sobre a força do “Bolsonarismo” em SC  

“As pessoas costumam dizer que o povo tem memória curta, fazendo com que o próprio cidadão acredite nisso, eu discordo. O eleitor sabe muito bem quem é quem. Quando se trata de definir o governante para sua cidade o eleitor vai lembrar de quem realmente pensa no coletivo e pode fazer mais”.

Depois do fracasso em duas campanhas à Assembleia Legislativa, o que faz o Celso pensar que o eleitor gasparenese vai lhe dar mais um mandato?

“Os momentos eleitorais são diferentes. A campanha para deputado é mais ampla. Já a campanha municipal é muito mais próxima da comunidade. Quando falamos de creches, de educação, de saúde e de segurança nossa comunidade sabe muito bem o quanto é importante considerar um governante que executou várias reformas e ampliações em CDIs e escolas. Os moradores de Gaspar receberam em nosso governo o CDI Doravalina Fachini, no bairro Sete de Setembro, o CDI Tempos de Infância, no Belchior Central, e o CDI Mercedes Melato Beduschi, no bairro Bateias. Uma nova sede da escola Luiz Franzói foi construída e a escola Dolores Krauss foi totalmente reformada. Em 2015, inauguramos a Policlínica Municipal Dr.Valmor Beduschi e um dos projetos modelo de regularização fundiária no país que é o Residencial Jardim Primavera. Em 2016, inauguramos a sede própria do Samae. E mais, ao final de nossa administração deixamos ainda em construção a escola Olímpio Moretto e três Unidades de Saúde com recursos garantidos.” 

As pesquisas pré-eleitorais refletem a realidade? 

“Pesquisas eleitorais não podem ser confundidas com sondagens ou enquetes. Acho bastante saudável que os blogs e páginas da internet possam usar seus espaços para sondar a opinião pública e pode ser até um termômetro, mas as pesquisas com embasamento científico vão um pouco além. Certamente estaremos respaldados por pesquisa, até para entender os principais anseios da nossa comunidade.”   

Desta vez na cabeça de chapa


Nascido em Gaspar há 42 anos, o advogado Marcelo de Souza Brick (PP) ralou para chegar até aqui. Aos onze anos já trabalhava para ajudar no sustento da família. Foi empregado da indústria e depois do comércio, onde iniciou como dobrador até chegar a gerente de lojas. Durante a faculdade de Direito, administrava um estacionamento. O dinheiro ia todo para pagar a faculdade. Brick cursou duas pós-graduações, uma em Controle Interno e outra em Políticas Públicas Municipal. Depois de formado foi atrás do sonho de entrar para a vida pública. Foi gerente de Projetos Especiais da extinta Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) e, na prefeitura de Blumenau, Diretor de Controle Interno. Em 2012, enfim o sonho de se tornar vereador em Gaspar, com o bônus de ter sido o mais votado. Em 2016, tentou um voo mais alto: a cadeira de Prefeito. Acabou em segundo lugar. Desde então, carrega como trunfo os seus mais de dez mil votos conquistados e que, inclusive, o motivaram a disputar uma vaga à Câmara Federal em 2018. A experiência foi importante.
Dois anos depois, aceitou ser vice-prefeito na chapa majoritária vitoriosa, cargo que ocupa hoje. No meio do caminho, mudou de partido. Saiu do PSD e foi para o Patriotas em 2022, numa tentativa de se eleger deputado estadual com os votos de legenda. Não deu certo. Sem partido desde então, flertou com o PL, tentou reatar com o PSD, mas acabou no PP no final de 2023, partido que é a segunda força da aliança governista em Gaspar e que vem amadurecendo a candidatura de Brick novamente à Prefeitura, desta vez, ao que tudo indica, na cabeça de chapa.

Uma visão do cenário pré-eleitoral

“É absolutamente normal que na pré-campanha surjam vários nomes. Tem muitos partidos e pessoas buscando espaço e isso é bom para a democracia. Porém, acredito que chegando mais perto do início da campanha, esse cenário deva mudar. É normal as conversas irem avançando e alguns candidatos se tornarem vices, numa composição, ou até mesmo desistirem. Assim como pode surgir algum nome que hoje não está nas especulações. É do jogo.”

Quem de fato se beneficia caso a eleição em Gaspar tenha mais de três candidatos?

“Repito. Acho que ao final não teremos tantos candidatos. Mas um cenário com muitas candidaturas favorece aquele grupo político que se dividir menos. Do nosso lado estamos trabalhando para manter juntos os partidos que hoje integram o governo municipal.”

Até que ponto as experiências em cargos eletivos podem ajudá-lo?

“Ter sido vereador foi uma experiência riquíssima, porque me mostrou como o Legislativo funciona e o quanto ele é importante para o bom funcionamento da cidade. Me ensinou que um prefeito não governa sozinho e me fez conhecer melhor a nossa cidade e a nossa gente. E ter sido vice-prefeito nesses últimos três anos me trouxe uma nova visão da cidade e uma experiência em gestão pública muito rica e valiosa. Eu hoje conheço por dentro a máquina da prefeitura, como ela trabalha e quais botões a gente tem que apertar pra fazer ela funcionar direitinho, porque eu sou um vice-prefeito ativo, que participa das reuniões internas e vai pra rua acompanhar obra e conversar com a comunidade. Sem falsa modéstia, hoje me considero preparado pra assumir o desafio que é tocar uma cidade do porte e da importância de Gaspar.”

Você é pré-candidato numa aliança que pode perder, por exemplo, o psd. O cenário de incertezas atrapalha?

“É normal a ocupação de espaços nesse momento. E também é normal ter bastante especulação e fofoca. O fato é que vamos continuar trabalhando para manter coesa a base que elegeu e reelegeu o prefeito Kleber em torno do nome que este próprio grupo escolher como candidato ou candidata.”

Por que a opção pelo PP? Você teve convite para voltar ao PSD ou mesmo se filiar ao MDB?

“Eu observei bastante os cenários local e estadual. E me senti à vontade em estar no Progressistas, com as pessoas que tocam o partido aqui em Gaspar, seja da militância, seja com o presidente do PP Lu Spengler (Luiz Carlos Spengler Filho). E também acho que em âmbito estadual, o senador Amin tem marcado muitas posições firmes em relação ao governo do PT, postura que se aproxima muito do que eu penso e pratico.”

Você aceitaria ser novamente vice-candidato?

“Para uma boa conversa fluir, a gente tem que reunir as condições para ser apoiado, mas precisa também estar pronto para apoiar se houver outra pessoa melhor capacitada e com mais chances eleitorais. Não pode ser via de mão única, eu só aceitar receber apoio e não dar. Então eu sempre entro nas conversas com esse espírito desarmado e com o foco em buscar um consenso no grupo. Trabalho dia e noite para que o nome escolhido seja o meu. Mas se se for outro tenho que ter a humildade de oferecer apoio.”

Você acredita ainda ter 10 mil votos “na manga”?

“Eu tive dez mil votos em Gaspar na eleição a deputado estadual e ficamos muito próximos de conseguir representar Gaspar na Assembleia. Mas não posso dizer que esses votos são meus. Ninguém é dono de voto algum, além do seu próprio. Porém, é claro que ter conseguido todo esse apoio me credencia para a disputa desse ano, me dá um capital político consistente. Mas eu sempre falo que sozinho a gente pode até ir mais rápido, mas em grupo a gente vai mais longe.”

Aposta no diálogo com a comunidade


Vereador de três mandatos e quatro vezes presidente da Câmara Municipal Ciro André Quintino (MDB) é sempre um nome nas rodas políticas quando o assunto é sucessão municipal. É filiado ao maior partido da cidade e vem costurando a sua candidatura há quatro anos. “Tenho um histórico de dedicação à comunidade, e politicamente, acumulo uma trajetória em mandatos diretamente ligados à prestação de serviço à comunidade e construção coletiva”, afirma o emedebista.

O atual cenário, para ele, é desafiador, com sete nomes se apresentando, mas diz confiar que a decisão final do bloco partidário será pela sua candidatura. “Percebo uma diversidade que reflete as demandas da comunidade, o que enriquece o debate democrático”, discursa. Sobre ideologias, ele prefere apostar no seu compromisso com a cidade. “Minha experiência no legislativo, me preparou para contribuir ainda mais com a comunidade gasparense. Estou pronto para construirmos juntos um futuro melhor para Gaspar”, reforça.

Quem se beneficia com muitos candidatos?

“Primeiramente essa quantidade de candidaturas é natural no início de um ano eletivo, mas também é natural esses grupos começarem a unir seus interesses para fazer uma candidatura que de fato pensa o melhor para o município.”

Se você for o escolhido do bloco vai se tornar o candidato do atual governo. Quais os prós e contras de ser o candidato de quem está no poder?

“Existem excelentes projetos em andamento dentro do atual governo, assim como também já foram realizadas muitas ações para a sociedade. Precisamos, não só dar continuidade, mas também executar outras melhorarias que a comunidade nos pede nas visitas que realizamos.”

Você é visto como um candidato populista, que roda a cidade numa kombi. “Está aonde o povo está”. Esse tipo ação ainda garante votos?”

“Existem excelentes projetos em andamento dentro do atual governo, assim como também já foram realizadas muitas ações para a sociedade. Precisamos, não só dar continuidade, mas também executar outras melhorarias que a comunidade nos pede nas visitas que realizamos.”

Você é visto como um candidato populista, que roda a cidade numa kombi. “Está aonde o povo está”. Esse tipo ação ainda garante votos?”

“Minha abordagem próxima à comunidade, participando ativamente dos eventos, reflete meu compromisso em ouvir e entender as necessidades da população. Acredito na importância dessa proximidade para construir uma relação de confiança e ver de perto onde e o que a população precisa.”

Até que ponto a sua experiência legislativa vai ajudá-lo a governar a cidade?

“Esses três mandatos me fizeram conhecer todos os quatro cantos de nosso município, sei da dificuldade de cada bairro, pois gosto de verificar as demandas no local. Gaspar está cada dia se desenvolvendo mais, por isso precisamos realizar ações planejadas e precisas, para evitar o desperdício de recurso público, valorizando cada centavo da população.”

Sobre a força do “Bolsonarismo” em SC

“As eleições municipais são diferentes. O cidadão não quer muito saber quem é de direita ou de esquerda, ele de fato quer saber quem é a pessoa que vai cuidar melhor da escola do seu filho, se vai ter médico no posto de saúde, etc. A população vai votar no candidato que conhece e acredita ser o melhor para sua cidade, independente de direita ou esquerda. Todos já me conhecem e sabem que eu vou cuidar do cidadão igualmente, independentemente de classe social ou ideologia partidária. Vou trabalhar arduamente para melhorar a vida dos cidadãos de Gaspar.”

Você abriria mão da cabeça de chapa para ser o vice-candidato?

“Nosso projeto é o que mais beneficia a comunidade gasparense, tenho certeza que essa possibilidade não está no meu radar.”

Você acredita que As sondagens eleitorais vão de fato definir o candidato da aliança partidária governista ou existem outros fatores que podem pesar mais na hora da decisão?

“O MDB é o maior partido do município, com maior número de filiados e com diferentes pensamentos, por isso é um partido de suma importância, pois sabemos escutar a todas as classes da sociedade. Divisões de pensamentos são naturais em qualquer partido, imagina no maior partido da cidade. Hoje, eu sou o pré-candidato a prefeito pelo MDB, esse fato já foi tratado internamente e com o apoio de todos do nosso diretório. Trabalhamos com pesquisas e vamos sempre olhar para elas com muita atenção, para não entrarmos em nenhum projeto de aventura, pois queremos o melhor para Gaspar.”

Experiência de dois mandatos legislativos


Giovano Borges, 44 anos, é vereador com base eleitoral no bairro Bela Vista, onde é empreendedor do ramo imobiliário. Esta é a segunda vez que ele assume uma cadeira no legislativo gasparense. A outra oportunidade foi entre 2013 e 2016. Na primeira passagem ainda presidiu o legislativo por um ano. Em 2016, dispotou a eleição na vaga de vice-prefeito numa composição que teve como candidato a prefeito Marcelo de Souza Brick, então no PSD. Giovano diz que aceitaria novamente ser pré-candidato a prefeito.

Sobre o cenário pré-campanha

“Eu vejo um cenário bastaste polarizado na cidade de Gaspar e em Santa Catarina para as eleições de 2024. O nosso grande diferencial é o trabalho e contato direto com as pessoas da nossa cidade”.

Você abriria mão da pré-candidatura a prefeito para compor como vice?

“Sim, eu aceitaria ser pré-candidato a vice-prefeito em uma composição dentro do nosso bloco partidário, tendo como candidato a prefeito Ciro Quintino ou Marcelo Brick. Estamos construindo um projeto coletivo buscando o melhor para Gaspar.

A experiência de vereador de dois mandatos pode ajudÁ-lo a chegar à cadeira do Executivo gasparense?

“Sim. A minha experiência profissional e no legislativo me credenciam, pois conheço cada bairro da nossa cidade, sei dos anseios e vontades da população para o futuro de Gaspar, muita coisa foi feita, mas precisamos avançar mais. Tivemos um salto de desenvolvimento e crescimento em Gaspar, e acredito que esse progresso deve continuar, por isso coloquei meu nome à disposição. Meu partido continua sendo o PSD, um partido de Centro-Direita que dialoga muito bem com todas as frentes e partidos, somos o partido que mais trabalha pelas pessoas na região e vamos seguir com nosso propósito. “