ENTREVISTA

'Nasci no dia de São Tomé'

Amin volta a ocupar uma vaga no Senado Federal



A partir de fevereiro de 2019, Santa Catarina terá uma nova composição no Senado. Saem de cena os senadores Paulo Bauer (PSDB), que tentou a reeleição, sem êxito, e Dalirio Beber (PSDB), que não concorreu. Permanece Dário Berger (MDB) para os quatro anos finais de seu mandato como senador. Assumem Esperidião Amin (PP) e JorginhoMello (PR). Os dois são deputados federais e continuarão com seus mandatos até o final do mês de janeiro do ano que vem, quando passarão de uma Casa para outra, dentro do Congresso nacional. 

Jornais Adjori/ADI - Nenhuma surpresa? O senhor esperava a eleição? 

Esperidião Amin - Eu nasci em dia de São Tomé! Sou muito de ver para crer. Além do mais, há 35 anos eu leio, todos os dias de manhã, um devocional, que ontem (dia da eleição) trazia o provérbio 14:16: "O sábio é cauteloso e evita o mal, mas o tolo é afoito e se dá por seguro. Casualmente era esta a leitura. Não adianta ter certeza de nada antes de a apuração estar 100% concluída. Esperei a apuração com a casa fechada, quietinho, até terminar. Mas é claro que havia a expectativa da vitória, os indicativos eram bons, mas houve muitas surpresas. 

Adjori/ADI - Por exemplo? 

Esperidião Amin - O próprio crescimento do PSL e dos candidatos do PSL não tinha sido identificado em nenhuma pesquisa. O meu palpite era que o Bolsonaro faria 65% dos votos em Santa Catarina e foi o que aconteceu. Eu previa que ele fizesse no primeiro turno a votação que o Aécio Neves fez no segundo turno de 2014. E é claro que isso puxa a votação dos deputados estaduais e federais. 

Adjori/ADI - Como foi conversar com o seu companheiro de coligação para o Senado, Colombo, após as eleições? 

Esperidião Amin - Falei com ele, expressei pessoalmente a minha solidariedade. Fizemos uma campanha limpa, leal. Mas sobre o voto não se tem controle.

Adjori/ADI - O candidato da sua coligação, Gelson Merisio (PSD), vai ao segundo turno para o governo do Estado disputando com Comandante Moisés, do partido de Bolsonaro. Qual o encaminhamento?

Esperidião Amin - Fizemos um balanço da situação e temos que ter uma posição tranquila em relação a isso. Ele já votou em Jair Bolsonaro agora. Eu também votei. Temos que restringir essa disputa a Santa Catarina. Se eu fosse o Bolsonaro, do que é que eu gostaria? Que os dois, Gelson e Moisés, continuassem pedindo votos para mim. São dois palanques ao invés de um! E porque ele vai ter que enfrentar o Nordeste, onde vários governadores do PT já foram eleitos no primeiro turno e todos vão pedir voto para o Haddad. Vão melhorar ainda mais a posição do Haddad. Aqui, basta não haver briga que é possível melhorar a posição do Bolsonaro.

Adjori/ADI - Assim como o Nordeste deve se unir por Haddad, o Sul pode se unir por Bolsonaro? 

Esperidião Amin - Não posso falar pelos outros. Mas aqui, em Santa Catarina, o natural é isso. Um é candidato do Bolsonaro. Outro já declarou voto nele. Radicalizar ajuda? Ou atrapalha? Foi esse o raciocínio que eu fiz. Não que eu seja dono da verdade, mas se estivesse no lugar do Bolsonaro eu diria: pessoal, tratem do assunto entre vocês.

Adjori/ADI - A coligação Aqui é trabalho deve tirar uma posição de conjunto, ou serão posições pessoais? 

Esperidião Amin - Serão posições pessoais. A minha posição pessoal é Bolsonaro. Fiz questão de dizer antes e não fazer campanha em respeito a Ana Amélia, vice do Alckmin. Mas votei no Bolsonaro e sou amigo dele há 20 anos. Acredito que ele é a melhor opção. Posso ter medo de uma porção de coisas, mas não tenho medo das posições do Bolsonaro, porque ele nunca iludiu ninguém. E isso é o mais importante.

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