Jornal Metas publica, a partir de hoje (9), uma série de reportagens sugeridas pela Juventude Gaspar, órgão vinculado à Fundação Municipal de Esportes
Os temas abordados estarão relacionados ao cotidiano dos jovens da cidade, que hoje correspondem a 27,7% da população. Ou seja, até o fim de 2009 haviam mais de 15 mil pessoas na faixa etária dos 15 aos 29 anos. “É necessário garantir a qualidade de vida dos que hoje estão criando seus alicerces. É na juventude que estão os principais agentes de desenvolvimento de nossa cidade”, ressalta Ana Maba, representante da Juventude Gaspar.
O tema escolhido pela equipe de redação do JM para abrir esta série de reportagens foi “sexualidade x doenças sexualmente transmissíveis”. Hoje, a falta de diálogo com os pais sobre sexualidade e Doenças Sexualmente Transmissíveis, as DST`s, atrapalha o amadurecimento sexual de boa parte dos jovens.
“As DST`s são muito mais graves do que imaginamos e, se não tratadas corretamente, podem até levar à morte”, explica a psicóloga que atua no programa DST/Aids de Gaspar, Maria da Graça Albino.
De acordo com ela, a adolescência é um período em que o exercício da sexualidade juntamente com a saúde reprodutiva e o risco de DST/Aids se apresentam com grande vulnerabilidade e consequências indesejáveis. “O jovem precisa estar bem informado e consciente da importância de usar o preservativo nas relações sexuais”, observa Graça.
O preservativo, como lembra a psicóloga, não deve ser usado apenas para evitar a gravidez, mas para evitar a transmissão das DST`s. “É importante que os jovens não deixem de usar o preservativo mesmo se a menina usa anticoncepcional. Até mesmo porque a pílula não é 100% segura”, lembra Graça.
Orientação
O processo de orientação e informação aos jovens inicia em casa e nas escolas, que começam a trabalhar o assunto a partir da quinta série. “É muito comum recebermos jovens aqui no programa em busca de informações para os trabalhos escolares. Isso é bom”, diz Graça. Os jovens, conta ela, geralmente vêm acompanhados das mães. “A conscientização é o melhor caminho para evitar a gravidez indesejada e as DST`s”.
O programa DST/Aids funciona na Unidade de Saúde do Centro, de segunda à sexta-feira. “O jovem que tiver alguma dúvida deve nos procurar”, finaliza a psicóloga.
Principais doenças, causas e sintomas
Sífilis: O agente causador da sífilis é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum. No início, a doença ataca as vias urinárias e genitais, podendo, caso não tratada, espalhar-se para o sistema cardiovascular e nervoso. Gerando uma infecção generalizada que pode levar o doente à morte. Nas mulheres doentes, o aborto e o parto prematuro são algumas das consequências.
Gonorréia: Está doença ocorre após o contato com a bactéria conhecida por Neisseria gonorrheae. A Gonorréia causa um grave inflamação na uretra e, quando não tratada, pode espalhar-se pelo sistema genital, vias urinárias, reto e articulações. Se não tratada corretamente, a doença se desenvolve, podendo levar o doente a outros problemas como, meningite, problemas cardíacos e artrite.
Clamídia: A bactéria Chlamydia trachomatis é o agente causador da doença. Ela ataca os canais urinários e sistema genital, causando inflamação nestas áreas. Se não tratada, pode chegar a uma infecção crônica, gerando a infertilidade no homem. Em mulheres, a doença também pode provocar complicações graves como infertilidade, dores pélvicas, formação de abscessos, entre outras complicações.
Candidíase: Os sintomas desta doença são coceira, ardor e corrimento vaginal. É mais comum em mulheres, causando inchaço e vermelhidão no órgão sexual feminino. As lesões podem se espalhar pela virilha. Apesar do mais comum ser a transmissão via relação sexual, existem outros fatores que colaboram para isso: uso de anticoncepcionais, antibióticos, obesidade, diabetes melitus, gravidez e uso de roupas justas.
Tricomona: Esta doença é causada por um protozoário do gênero Trichomonas Donne. Este protozoário pode instalar-se nos sistemas genital e digestivo. Provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres. Embora não acarrete complicações mais sérias em sua fase evolutiva, a doença pode facilitar a disseminação da infecção por HIV.
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