Natalício Leal e Vitalina da Rocha Leal completaram 60 anos de matrimônio no dia 23 de maio
Renovação dos votos aconteceu no domingo (26), na Igreja Cristo Rei, no Baú Central / Foto: Cine Foto Mary/
O domingo (26) foi de fortes emoções para Natalício Leal e Vitalina da Rocha Leal, conhecido casal da localidade do Baú Central, em Ilhota. Na oportunidade, eles celebraram os 60 anos de matrimônio - a chamada Bodas de Diamante. A renovação dos votos feitos pela primeira vez em 23 de maio de 1959 aconteceu durante uma missa celebrada pelo padre Valmir de Barbi, sobrinho do casal, na Capela Cristo Rei. Após a cerimônia, os felizes anos de união foram comemorados com uma grande festa, que reuniu mais de 400 pessoas, entre familiares, amigos e vizinhos. "Foi um momento de muita, muita alegria", emociona-se Vitalina, 84 anos. Ao lado de Natalício, 83 anos, ela deu à luz seis filhos, sendo quatro homens e duas mulheres: Nelson, maria Marcelina, Nilson, Nilcelina (in memorian), Nerci e Nori. Todos eles foram criados na residência onde hoje ainda reside o casal, na rua Luiz Leal, no Baú Central. Hoje, Vitalina e Natalício recebem também o carinho dos seis netos.
"Para se viver feliz, é preciso conviver com o amor todos os dias e isso eu encontrei no meu casamento", ensina Vitalina. Quando perguntada o segredo para uma união saudável, ela não tem dúvidas. "Saber perdoar é a coisa mais importante em um relacionamento. Sempre devemos optar pelo diálogo. Se algo não está bem ou não está certo, tem que conversar", diz.
Bem humorada e brincalhona, Vitalina relembrou o início do namoro com Natalício e como o carpinteiro aposentado conquistou o coração da jovem moça. "Meu pai tocava alguns instrumentos, como gaita e acordeon, e o Natalício violão. Então, ele estava sempre na minha casa, para ensaiar com meu pai. Um dia ele esquecia o violão lá... no outro vinha buscar", diverte-se. E assim, com a música, Natalício não deu chance para outros pretendentes. "Lembro-me que um dia ele chegou na casa dos meus pais tocando Terno de Reis. Aquilo foi a coisa mais linda que eu já vi até hoje em minha vida. Me apaixonei por ele na hora", admite. Aos 24 anos, na Igreja São Pio X, no Centro de Ilhota, Vitalina disse o aguardado "sim" ao marido. Desde então, eles dividem dificuldades, conquistas, tristezas e felicidades. "Sou muito feliz no meu casamento, a Vitalina sempre foi uma esposa muito boa, uma mulher muito esforçada", elogia Natalício. Hoje aposentado, o querido casal do Baú passa o tempo recebendo os amigos e vizinhos para uma boa prosa. Ao lado de casa, dois bancos estão colocados estrategicamente para as boas conversas. "Todas as tardes aparece alguém aqui para conversar conosco", diz Vitalina. Ela termina a entrevista com mais um ensinamento aos apaixonados. "Precisamos ser a segurança um do outro".
Vitalina e Natalício: uma história de amor que já dura 60 anos / Foto: Alexandre Melo - Jornal Metas/
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