Empreiteira desiste de obra de revitalização da Jorge Lacerda
Por conta de um aditivo de R$ 4 milhões negado pelo governo, a Almeida & Filho Terraplanagens pediu a rescisão do contrato
data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Próximo ao acesso à Br-101 é onde as obras estão mais atrasadas/ FOTO ALEXANDRE MELO/JORNAL METAS
Um impasse financeiro pode atrasar ainda mais a conclusão da obra de revitalização da Rodovia Jorge Lacerda - SC 412. No final do ano passado, a empreiteira responsável, a Almeida & Filhos Terraplanagens, suspendeu os trabalhos e, em meados de janeiro, enviou pedido à Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade para rescisão do contrato. A empresa alega que seus custos ultrapassaram o orçamento inicial. No ano passado, a empresa teria pedido um aditivo contratual de R$ 4 milhões que foi indeferido pelo governo do estado por considerar um pagamento indevido. Por conta dessa negativa, a empreiteira decidiu solicitar a rescisão do contrato.
A Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade orientou a empreiteira a buscar seus direitos na Justiça e diz, por meio de nota enviada à redação do Jornal Metas, que irá analisar o pedido de rescisão dentro dos parâmetros legais para que as soluções sejam devidamente aplicadas. A Secretaria também afirma na nota que o ritmo dos trabalhos por parte da Almeida & Filho foi lento durante todo o ano de 2019 - até agora, apenas 61% da obra foi executada. Entretanto, entendendo que o lançamento de uma nova licitação seria mais prejudicial ao processo de conclusão da obra, fez todos os esforços para que a empreiteira continuasse com os trabalhos. A revitalização da rodovia, entre Gaspar e o trevo de acesso à BR-101 deveria ser reinaugurado neste começo de ano. Caso o pedido de rescisão do contrato seja aceito, a Secretaria calcula que seriam necessários, no mínimo, mais seis meses para a retomada das obras.
A revitalização de 25,4 quilômetros da Rodovia Jorge Lacerda, entre Gaspar e Itajaí - começou em julho de 2017 e o prazo inicial para a conclusão era dezembro de 2018. Porém, algumas ações de desapropriação, a lentidão dos trabalhos e até a paralisação por determinados períodos foram adiando o cronograma. A comunidade também cobrou muito das autoridades a celeridade bos trabalhos, já que havia muita insegurança nos trechos em obra. A obra mais importante é nos últimos quatro quilômetros antes do acesso à BR-101. Lá, a pista está sendo duplicada, e com a suspensão dos trabalhos os motoristas vem enfrentando muitas dificuldades nos desvios. Os motoristas também reclamam da sinalização deficitária. No trecho de Gaspar e Ilhota, os trabalhos de pavimentação estão concluídos, porém, ainda falta implantar a sinalização.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Trecho de Gaspar está concluído, faltando apenas a sinalização / FOTO ALEXANDRE MELO/JORNAL METAS