Partidos políticos são frágeis

A política é arte de juntar e ajustar conveniências, de ceder um pouco para cada lado. Sem esse entendimento, projetos políticos não decolam ou facilmente naufragam nas ondas do contraditório. Por isso, partidos políticos são meros abrigos de homens públicos em busca de suas aspirações eleitorais, embora se diga, na teoria, que ao partido pertence o cargo. E, possivelmente, não existiriam se não fosse a exigência da lei. Partidos políticos são células frágeis, muito mais no Brasil onde cerca de 30 deles disputam a preferência do eleitor Não existem ideologias claras, não há alinhamento de propostas e os candidatos embarcam conforme seus interesses, enquanto o povo embarca na canoa furada.
Por isso, um político manter-se fiel aos seus ideais partidários é ufanismo, é acreditar em contos de fadas e até em Papai Noel, pra ficarmos no momento atual. A obediência a ideologias é algo difícil e inatingível por conta de uma conjuntura viciada e inescrupulosa.
As eleições municipais vêm aí e um projeto político partidário vencedor precisa de candidatos fortes, resistentes, capazes de convencer os eleitores de suas propostas. Não é meramente uma questão de mudar. É querer de fato assumir a função e governar para os interesses da coletividade.
A governança municipal é a que mais mexe com a vida das pessoas, são os problemas do bairro e da rua que exigem um administrador público capaz de resolvê-los com inteligência. Para isso, ele precisa ter autonomia nas suas decisões. Pessoas certas para os lugares certos é outro fator determinante num governo de sucesso, o que infelizmente quase nunca acontece, pois o erro já começa dentro dos próprios partidos que loteiam cargos.
O candidato, na maioria das vezes, não é o que reúne as melhores propostas e a capacidade de administrar melhor a cidade, mas o mais simpático, que faz a galera sorrir de esperança e, por vezes, o mais manipulável. E não é preciso ir muito longe, nem fugir da realidade que nos rodeia, para perceber que estamos cercados de políticos que pouco ou quase nada podem acrescentar à cidade, estado ou país. Se não fossem tantos ruins, não haveria tantos problemas à nossa volta aguardando soluções. Os políticos se repetem, fazem as mesmas propostas e assumem os mesmos compromissos. O eleitor tem caído nessa conversa há muitos anos, no discurso fácil, na junção de propostas vagas e eleitoreiras. E tem pago um preço alto pelos erros quando lá confirma seu voto. Erra muito mais do que acerta nas suas escolhas e isso tem feito mal para a nossa democracia. Será que nos acostumamos a escolher candidatos ruins? Ou será que de fato não existem bons homens públicos?
A eleição é só no próximo ano, mas as primeiras cartas nos levam a refletir em cima de algumas atitudes que poderão nos levar a caminhos diferentes dos traçados até aqui.

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