O Plano 1000 e o critério

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Se cumpridos todos os acordos firmados sob as luzes dos holofotes da mídia governamental, Santa Catarina terá dado um passo grande na melhor distribuição dos recursos arrecadados pelo Estado. A pauta de obras municipalistas é uma reivindicação antiga, já que as Prefeituras arcam com os maiores investimentos em obras estruturantes e são as que menos participam do bolo tributário. O Governo do Estado, timidamente, tenta corrigir este erro histórico que tem penalizado muitas administrações municipais, principalmente aquelas sem representatividade política, como é o caso de Gaspar. É na porta da Prefeitura que o cidadão bate para reivindicar uma pavimentação de rua, caminhão-pipa, saneamento, saúde, vaga em creche para o filho. Enfim, se ficarmos relacionando tudo que é responsabilidade do município iria faltar espaço. Todavia, se fôssemos adotar o critério de riqueza produzida por cada município e não o número de habitantes (R$ 1.000 por habitante), a distribuição dos mais de R$ 7 bilhões previstos no Plano 1000 teria mudanças. Florianópolis, por exemplo, segunda maior cidade do estado em população é apenas a sexta economia. Já Itajaí, que aparece como a sexta cidade no critério populacional é a segunda economia, respondendo por mais de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Fazenda. Outras cidades, como São Francisco do Sul e Araquari, 11ª e 12ª economias do estado, respectivamente, sequer aparecem na lista das 20 mais populosas. Já Gaspar, 17º economia catarinense aparece como a 21ª em população.