De 1º de janeiro para cá existe um senso de moralidade tão latente no serviço público que transcende o bom senso. Estamos vivendo novos tempos (até quando não se sabe!), por isso é preciso andar na linha. Nada mais escapa aos olhos investigativo das comissões administrativa e de ética que sempre estiveram ali para fiscalizar, mas que até então fiscalizam quase nada. Foi esse senso aguçado por moralidade, exigido pela sociedade e que o novo governo se apega com tanto vigor que, por certo, derrubou a diretora da Escola Frei Godofredo, Viviana Schmitt. Ninguém de sã consciência (até que se prove o contrário) vai imaginar que ela tomou as decisões que tomou em proveito próprio. Como ela mesma disse, só o fez pensando na escola. E aí está a grande reflexão a que nos leva este caso. A verba que o Estado passa para as escolas é cada vez menor e quase sempre chega atrasada. Aqui, neste bissemanário, já noticiamos o caso de outra escola estadual de Gaspar em que os alunos estavam levando o papel higiênico de casa. Portanto, a diretora Viviana só tentou outras formas de receita para melhorar a precária infraestrutura e, para isso, teve o apoio da APP. No nosso entender, a medida da Gered (Gerência de Educação) é precipitada do ponto de vista do retrospecto que tem a diretora à frente da Escola Frei Godofredo, porque se não fosse assim não teria permanecido por 13 anos. Talvez, uma conversa e uma advertência teriam repercutido menos, embora não posssamos condenar a aplicabilidade da lei... mas, convenhamos, era um caso típico de Lei do Bom Senso.