decisão nas mãos do legislativo
Quando você se desfaz de algum bem os motivos quase sempre são dois: investir o dinheiro em outro bem ou negócio ou saldar compromissos financeiros. No caso da Prefeitura de Gaspar, a segunda hipótese é a mais provável. Surpreendeu a notícia de que nove imóveis públicos devem ser colocados em leilão. Uma situação atípica e, se aconteceu alguma vez na história do município, faz muito tempo, por isso a notícia causou rebuliço na cidade. O motivo, admitido, é reforçar o caixa que, segundo o prefeito, teve queda de arrecadação nos últimos meses. Isso é verdade, mas também é verdade que alguns investimentos do governo são questionáveis, como a compra do terreno da Furb por R$ 14 milhões, pagos praticamente à vista, para que ali se instale o centro administrativo. Uma ideia boa, porém, executada na reta final do governo, ou seja, a decisão de levar adiante ou não o projeto vai cair no colo do próximo prefeito. É também verdade que a compra do prédio do antigo BESC foi mal planejada, tanto é verdade que o imóvel está entre aqueles que serão leiloados. Enfim, existem questões que precisam ser melhor esclarecidas e o fórum para isso é a Câmara Municipal, que tem a responsabilidade de autorizar ou não a venda do patrimônio público.