A reforma da Previdência está praticamente aprovada, mas não é a tábua da salvação. Não vai trazer efeitos imediatos para a economia, o déficit do INSS vai ainda continuar por longos anos, até que a redução gradativa das despesas chegue aos patamares desejados. Também não é verdade que sem a Reforma da Previdência o sistema de seguridade social do país irá quebrar. Tudo são exageros num universo de descontrole financeiro e gastos desnecessários.

A Reforma da Previdência também não vai gerar mais empregos, rendas e oportunidades. Trata-se de uma simples contenção de gastos, economia das finanças públicas. Mas, o que se construiu a partir da Reforma da Previdência é a possibilidde de se abrir as discussões em torno de outras reformas bem mais importantes para a retomada do crescimento, como por exemplo da Reforma Tributária, que, timidamente, começa a ser discutida. Evidente que mudar as regras de impostos é muito mais difícil, pois aí quem vai sair com essa mudança são os governos (federal, estadual e municipal), porém, sem dúvida a reduça da carga tributária hoje no Brasil é que vai gerar o desenvolvimento e o crescimento, pois não é o governo que faz o país crescer, mas a iniciativa privada, hoje refém de impostos que inviabilizam muitos negócios e investimentos. Vamos acreditar que a Reforma da Previdência foi um pequeno passo para discussões mais amplas e focadas no verdadeiro objetivo que é mudar o Brasil para todos os brasileiros.