A urna eletrônica

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Óbvio ululante, título de um dos livros do genial Nélson Rodrigues, define bem o que foi dito durante audiência pública nesta terça-feira, dia 30, na Assembleia Legislativa do Estado, para tratar do atraso no repasse de recursos para os municípios por conta do Plano Mil e outros convênios assinados pelo então governador Carlos Moisés em véspera de campanha eleitoral. O Plano Mil, que já vai de transformando no maior programa de obras paradas do Brasil, prometeu mais do que podia o caixa do Estado. A saída agora é criar outros convênios, que não mais o PIX, para tentar repassar cerca de R$ 2,3 bilhões, que é o valor que o Estado dispõe para essas obras. O problema é a burocracia, que pode manter essas obras paradas por muito tempo e quem acaba sofrendo as consequências é a população. As empreiteiras, por sua vez, vão precisar refazer os custos e uma obra orçada hoje em R$ 8,5 milhões, como é o caso da Prefeito Leopoldo Schramm, pode acabar se elevando para mais de R$ 10 milhões. Tudo isso por conta de má gestão dos recursos públicos e promessas políticas descabíveis. Por outro lado, não tem como o governo do estado não cumprir com o compromisso do seu antecessor. As dívidas ficam para quem assume. Enfim, é o dinheiro dos catarinenses que foi mal aplicado e agora estão todos numa sinuca de bico, para tentar resolver o problema. Esperamos que a solução venha rápido pelo bem do povo e das obras tão necessárias para o crescimento da nossa cidade.