Em nenhuma outra eleição desde a redemocratização do país se preocupou tanto com detalhes que envolvem o pleito. Nunca se questionou, por exemplo, com o uso de celulares nas seções eleitorais. Pois agora esse é o assunto do momento. Uma bobagem. Tudo é motivo para ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Isso acontece por conta do tensionamento político-partidário criado nos últimos anos e que levou a desestabilização e até descrédito, por boa parte da população, nas instituições que deveriam zelar pelas leis.

Ao se questionar a segurança do processo eleitoral de maneira tão veemente, se cria a atmosfera para que se discuta, também, se os vencedores irão de fato assumir. Da nossa parte, que já passamos por várias eleições, é inconcebível que se possa sequer ventilar a possibilidade de algum tipo de levante contra o resultado das urnas. Acreditamos fielmente de que independente de quem venha a conquistar a maioria dos votos dos eleitores, será de fato empossado no cargo em 1º de janeiro de 2023.

O Brasil não pode se comparar a outros países, ditaduras, onde as eleições são sempre colocadas sob suspeita. O nosso sistema eleitoral é um dos melhores do mundo não porque foi o Brasil o criador da urna eletrônica. O nosso sistema eleitoral funciona porque a nossa democracia nos permitiu realizar eleições, nas últimas três décadas, onde vencidos e vencedores apertam as mãos depois do resultado final. E acreditamos que não será diferente desta vez.