Tem um velho ditado que diz que o "melhor é prevenir do que remediar". No caso dos acidentes geográficos - pequenos ou não - que têm ocorrido no Vale do Itajaí o prevenir deveria ter começado há muito tempo. Hoje, toda a região sofre com a instabilidade do solo e morros provocada pela ação do homem nos últimos 200 anos e as mudanças climáticas que vem acontecendo. Os prejuízos econômicos e sociais se multiplicam na medida em que não existe solução a curto e médio prazos. Vamos continuar sofrendo os impactos das atividades que ao longo de décadas praticamente condenaram o velho Itajaí-Açu. O deslizamento de terra, ocorrido essa semana no bairro Coloninha, revela a imensa fragilidade de áreas hoje com grande ocupação populacional próximas ao rio. Há meses atrás, já se havia feito uma intervenção para corrigir outra erosão na margem, não muito longe de onde ocorreu o novo deslizamento, e se observarmos toda a encosta que margeia o rio, de Gaspar a Itajaí, vão encontrar outras áreas com risco iminente de escorregamento de terra. Um risco enorme ao patrimônio e à vida, que gera apreensão e incerteza para os moradores das regiões ribeirinhas. O acidente geográfico dessa semana é mais um alerta para que se faça, com urgência, uma reavaliação técnica de toda a margem do rio, incluindo aí a ocupação de casas e das atividades industriais e extrativistas ainda permitidas. A natureza é impiedosa.
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