Imunização
A imunização está entre os quatro eventos que contribuíram decisivamente para o aumento da expectativa de vida da humanidade, juntamente com o saneamento básico. É importante salientar que em 2018 a taxa de cobertura de sete das oitos vacinas obrigatórias para crianças fechou abaixo da meta esperada, segundo balanço do Ministério da Saúde. Apenas a vacina BCG (tuberculose) alcançou o nível almejado, acima de 90% de imunização do público-alvo.
No decorrer da vida, o ser humano desenvolve anticorpos e, consequentemente, terá imunidade natural que permitirão evitar diversas doenças. Entretanto, há necessidade da utilização das vacinas, para evitar ou minimizar uma gama de patologias com potencial de adoecimento da população. Bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos, não há idade para se imunizar. O importante é manter o calendário vacinal em dia. Quem não se vacina, ou deixa de vacinar seus filhos, coloca não apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e pessoas ao seu redor, além de contribuir para o aumento da circulação das doenças facilmente evitáveis. Aos descrentes, ofertamos a análise, da incidência de patologias enfrentadas arduamente em um passado não muito distante. A Varíola, Meningite, Poliomielite, Tétano, Coqueluche, Febre Amarela, Rubéola Tuberculose e Sarampo foram controladas e algumas até erradicadas graças à vacinação. A profusão de inverdades, e o desconhecimento técnico destacam-se dentre outras, como causa da queda dos índices de vacinação. Não bastasse a experiência do passado, o reaparecimento de diversas destas patologias, cujos destaques atuais são o Sarampo, Febre Amarela e Coqueluche, permitem afirmar que estamos sendo vitimados pela falta de informação e conscientização de uma parcela incauta da população. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente 19 vacinas, que protegem contra cerca de 18 doenças, e são ofertadas à toda a população brasileira. A prevenção é a melhor atitude sanitária a ser incentivada, passando obrigatoriamente pela vacinação e hábitos saudáveis.
Dr. Mauro Sérgio Kreibich, Médico pneumologista