Gaspar vai assinar convênio com abrigo que acolhe mulheres que sofreram violência doméstica

Apenas nos dois primeiros meses deste ano, janeiro e fevereiro, 27 mulheres foram vítimas de violência doméstica em Gaspar. Em Santa Catarina, no mesmo período, foram 3.926 mulheres. Os dados são do Núcleo de Estatística e Análise Criminal, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina.

Para dar suporte a essas mulheres, a Prefeitura de Gaspar, por meio da Secretaria de Assistência Social vai assinar um importante convênio com a ONG Casa das Anas. A parceria será firmada no dia 5 de abril, às 14h30, na Câmara de Vereadores do município.

Casa das Anas é um abrigo sigiloso quanto à identidade e ao local para que o agressor não tenha acesso às mulheres abrigadas. O convênio prevê o acolhimento provisório de mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos, em situação de risco, morte ou ameaças em razão da violência doméstica e familiar, causadora de lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral.

O objetivo é proporcionar a essas mulheres e filhos, vítimas da violência doméstica, condições para construir novos projetos de vida e que busquem autonomia, autoestima e superação das situações de violência. No local, as mulheres serão acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, com apoio de psicólogo, assistentes sociais e acompanhamento jurídico, além de participarem de oficinas e cursos para o retorno ao mercado de trabalho.

O encaminhamento será realizado pelo Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) de Gaspar, após o registro do boletim de ocorrência contra o agressor. A análise será realizada por assistentes sociais e/ou psicólogas que vão detectar a vulnerabilidade da mulher em relação ao agressor e farão esse direcionamento.

Para o prefeito de Gaspar, Kleber Wan-Dall, o contrato marca um avanço implorante nas políticas públicas para as mulheres. "Esse convênio representa um marco para luta contra a violência doméstica. Muitas mulheres vítimas de violência não têm um lugar para ir e muitas vezes não sabem por onde recomeçar. Então, ter esse abrigo para dar os primeiros passos é de extrema importância em um momento de vulnerabilidade. O maior objetivo é fazer com que elas voltem com segurança ao convívio da sociedade", reforça.