Há 200 anos, a vida em Gaspar era totalmente ligada a terra a igreja e a Itajaí. O Rio, nosso grande diferencial na ocupação de colonizadores do lugar, foi à maior referência. As terras da margem esquerda foram influenciadas por povos vindos do norte: São Francisco, Paranaguá e São Vicente (SP), já a margem direita, foi ocupada por famílias já estabelecidas no sul: Camboriú, Porto Belo e Desterro (Florianópolis). O rio foi durante mais de um século, um divisor cultural em Gaspar.

 Quando Agostinho recebeu ordens para comandar o processo colonizador no Vale do Itajaí, logo se preocupou em organizar as primeiras colônias do Vale: A primeira Colônia foi a "Itajaí-Grande" (na região de Gaspar). A segunda colônia foi a "Itajaí-Mirim" (região de Brusque-Itajaí).

 A partir daí, as terras foram medidas, regulamentadas as documentações de posseiros e respeitadas às áreas das fazendas. As demais áreas foram disponibilizadas para venda.

Através da Lei nº11 de 05/05/1835, Gaspar entra oficialmente nos planos governamentais para investimentos de colonização.

 Lei nº11 Art.1º "Nos rios Itajahy e Itajahy Mirim, da Freguesia do Santíssimo Sacramento de Itajaí, se estabelecerão duas Colônias, cada uma com dois arraiais". Ficaram criadas assim, as duas primeiras colônias do Vale do Itajaí. A primeira Colônia do Itajaí Grande e a segunda do Itajaí Mirim.

 Prossegue a lei, definindo os lugares de Pocinho e Belchior, notadamente as áreas de foz desses ribeirões para a construção dos arraiais e áreas próximas regulamentadas para servirem de espaços para produção. Desta forma os colonos adquiriram pequenos lotes urbanos para moradia nos arraiais e lotes maiores, próprios para a produção.

FONTE: Simplesmente Gaspar - Leda Maria Baptista - Nova Letra Bl. 1998

Arquivo Histórico Documental Leopoldo J. T. Schmalz

Organização: Leda M. Baptista