Agostinho Alves Ramos natural do Rio de Janeiro era portador de muitos conhecimentos: desenho industrial, plantas de barcos e casas, eram bom poeta e criador de sátiras sobre os homens e coisas da época. Foi guarda-livros (contador), negociador ativo, político habilidoso e de grande cultivo espiritual.

Casado com a portuguesa Ana Maria Rita, o casal foi destaque na vida religiosa, política, econômica e social do Vale do Itajaí no século XlX , não deixaram descendentes.

 Logo após a independência do Brasil (1822), o Coronel da Legião da Guarda Nacional de D. Pedro l, Agostinho Alves Ramos, fixou residência em Itajaí. Sua casa, era com frente para o rio Itajaí-Açu. Nesta época foi o único negociante da região, comprador de todos os gêneros e madeiras produzidas e também o fornecedor de tudo o que era preciso no lugar. Mantinha barcos de comercio flutuante entre os povos rio acima e o mar.

Agostinho Alves Ramos Itajaí 1823. Óleo/ tela: Willy Zumblick

A casa do Coronel Agostinho Aves Ramos, construída sob estacas devido às constantes enchentes do rio. Depoimento de Charles Van Lede. 1844.

Agostinho Alves Ramos foi o deputado representante do Vale do Itajaí, eleito para a 1ª Assembléia da Nossa Província em 1834. Como Deputado Provincial, Agostinho foi autor da Lei Nº11 de 05/05/1835 que criou a Colônia Itajaí Grande, atual Gaspar.

Dona Ana Maria Rita, esposa de Agostinho, exerceu liderança cultural, religiosa e social entre os antigos moradores de Gaspar. Ela encarregou-se do lado social de cerimônias de batismo, comunhão, crisma, casamentos e sepultamentos de toda a população católica do Vale, até a criação da capelinha dirigida por Frederico Guilherme Schramm, em 1850, na região de Figueira (Margem Esquerda).

Consideramos Agostinho Alves Ramos e sua esposa dona Ana Maria Rita como sendo nossos legítimos colonizadores!

Fonte: "Itajaí" - Silveira Júnior. Edições comemorativas ltda. São Paulo 1972.

Arquivo Histórico Documental Leopoldo Jorge Theodoro Schmalz

Organização: Leda Maria Baptista