Veja orientações para aproveitar o verão em segurança
-
(Fotos: Divulgação / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina)
Corpo de Bombeiros Militar de SC divulgou alguns cuidados que banhistas precisam ter para curtir o verão.
O outono começa só em março e, até lá, os dias extremamente quentes prometem não dar trégua. Na estação mais quente do ano, nada melhor do que se refrescar, seja na praia, piscina ou cachoeira. Porém, todo cuidado é pouco. No primeiro balanço da Operação Veraneio 2021/2022, que compreende o período entre 18 a 26 de dezembro de 2021, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina registrou cinco afogamentos, sendo dois em água doce e três em água salgada.
Apesar disso, a temporada 2021/22 começou com números mais positivos do que a anterior (2020/21). O número de resgates de salvamentos caiu em 25%. Para os números continuarem positivos, o Corpo de Bombeiros deixa a orientação "A regra primordial para todos os banhistas em qualquer local é: água no umbigo, sinal de perigo". Veja abaixo as orientações do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina para um verão seguro.
Água Doce
A orientação para locais de água doce como rios, cachoeiras, represas, lagos e piscinas é de que os banhistas procurem regiões cobertas pelo monitoramento de guarda-vidas. Não são todos os ambientes que possuem este serviço, portanto, priorize locais com segurança.
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 75% dos afogamentos no Brasil acontecem em lugares com água doce. É importante salientar também que a maioria das vítimas são homens adultos. Para um mergulho seguro, não superestime a sua capacidade em nadar e avalie possíveis incidentes antes de entrar na água. Para isso, procure regiões rasas, sem correnteza e evite se banhar sozinho. Se atente as sinalizações orientadas pelos guarda-vidas e se não estiver acompanhado, avise o local que está indo para algum conhecido e qual o horário programado para o retorno.
Atenção redobrada nas crianças
Sempre coloque um colete salva-vidas nas crianças para aumentar a segurança. Boias de braço ou outros tipos de boias dão a sensação de segura, porém são ineficazes em possíveis incidentes, podendo se soltar da criança facilmente.
Mas atenção! Mesmo com o colete, o adulto deve estar sempre vigilante quando há uma criança na água ou perto dela. Mesmo afogamentos leves, de alguns poucos segundos, podem causar sequelas. Portanto, não tirem os olhos dos pequenos.
Piscinas
No caso das piscinas, não permita que crianças fiquem sozinhas e evite deixar brinquedos no local. Recomenda-se também um ralo antiaprisionamento, pois ele não deixa cabelos e membros presos. Outra orientação é de nunca mergulhar de cabeça, pois pode causar mortes ou paralisia. Nos casos de locais domésticos, mantenha portas de áreas de serviço e banheiros fechadas e guarde baldes e bacias sempre de cabeça para baixo, além disso, se assegure que as cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos estejam trancados.
Água Salgada
Em praias, a maioria dos acidentes ocorre quando os banhistas ignoram os riscos e não respeitam seus limites pessoais. É possível evitá-los, portanto, atenção aos locais de mergulho.
Um dos principais cuidados na hora de tomar banho de mar é ter um olhar atento as correntes de retorno que formam um corredor de refluxo na direção do oceano. Este fenômeno pode carregar um banhista para longe da praia rapidamente, sem que a pessoa se dê conta. Em todos os pontos onde há correntes de retorno, os guarda-vidas sinalizam com a bandeira vermelha. Se tiverem duas ou mais bandeiras, não tome banho entre elas e, sim, escolha locais distantes da sinalização.
Caso você se encontre em uma corrente de retorno, nade para o lado. Após conseguir sair da correnteza, aí sim você pode nadar até o raso em direção à praia. Não tente nadar contra a corrente porque você pode se cansar e acabar não conseguindo sair dela.
Se você não souber nadar, não se desespere. Tente sinalizar aos guarda-vidas e banhistas para que saibam da situação e, em seguida, boie até chegar a ajuda. A corrente de retorno tem um fim e não vai te levar para o meio do oceano, então, procure manter a calma.
style="width: 50%;" data-filename="retriever">
Divulgação / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina/
E se eu me afogar?
Para reagir a um princípio de afogamento, o ideal é manter-se calmo e respirar. Tente flutuar, mantendo a barriga para cima e o rosto para fora d'água com os braços livres, para que você possa chamar por socorro. Caso haja correnteza, da mesma forma, mantenha a calma e não tente lutar contra ela. Em caso de correntezas no rio, deixe suas pernas soltas para que sejam levadas no sentido em que a água está correndo e use seus braços como um leme para se aproximar da margem.
Se você presenciar um afogamento, não tente entrar na água para salvar a vítima, pois você pode se tornar mais uma vítima. Ao contrário, tente jogar algum objeto para que se segure e flutue enquanto você busca por um guarda-vidas ou aciona a emergência por telefone no número 193.
Dicas importantes
- As crianças precisam de um cuidado redobrado. Se você estiver na praia com alguma criança ou pessoa com vulnerabilidade, pegue pulseirinhas de identificação distribuídas gratuitamente nos postos de guarda-vidas.
- Não caminhe pelos costões porque você pode escorregar e cair na água.
- Em casos de queimadura por água-viva, lave a região queimada somente com a água do mar e vá até um posto de guarda-vidas. Eles irão te orientar da melhor forma como cuidar da lesão.
- Procure tomar banho em locais próximos aos postos de guarda-vidas. Cada posto tem um raio de cobertura de 200 metros. No verão de 2020/2021, 93% dos afogamentos ocorreram fora do local (ou horário) de cobertura dos guarda-vidas. Portanto, respeite as suas orientações.
- Como saber onde fica o posto mais próximo e como está o mar? Pelo aplicativo "CBMSC CIDADÃO" você pode conferir todas as orientações do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina na sua região e aproveitar a praia com maior segurança. Nesta plataforma, o banhista tem acesso às condições do mar (através das cores das bandeiras), a localização dos postos de guarda-vidas, a incidência de águas-vivas, quais postos possuem as cadeiras anfíbias do projeto praia acessível, bem como, a balneabilidade da água.
Deixe seu comentário