Gás natural terá preço 8,1% menor

. Somente este ano, o gás natural acumula queda de 19%

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Proprietários de veículos movidos a gás natural veicular vão ter uma boa notícia, a partir de 1º de maio, quando a Petrobras vai passar a praticar um preço 8,1% mais baixo em relação ao trimestre que encerra em abril. Mais do que os proprietários de veículos, já que o preço do GNV é atrelado a tributos estaduais e federais, a indústria é a grande beneficiada com a queda no preço médio do gás natural.
De acordo com a Petrobras, os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais do preço do gás e vinculam os reajustes às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
Ainda segundo a empresa, o petróleo recuou 8,7% no período e o real teve uma valorização de 1,1% ante o dólar. Já a parcela referente ao transporte do gás é atualizada anualmente nos meses de maio e, neste ano, sofrerá reajuste de 0,2%, de acordo com a variação do IGP-M.
Com o reajuste anunciado nesta segunda-feira, o gás vendido pela Petrobras às distribuidoras acumula redução de 19% no ano, disse a Petrobras.
“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da Companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV- Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, informa a estatal.
Segundo a Petrobras, a atualização do preço do gás natural anunciada nesta segunda-feira não afeta o gás de cozinha (GLP), envasado em botijões ou vendido a granel. Isto porque o gás natural tem uma composição diferente do GLP - Gás Liquefeito de Petróleo. O GN (Gás Natural) é composto 90% por metano, com uma participação menor de gases como o butano e o propano. O GLP, também conhecido por gás de cozinha, pode ser produzido tanto a partir da mistura de hidrocarbonetos líquidos em refinarias de petróleo quanto em Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs).