As pessoas precisam se prevenir a fim de evitar problemas de saúde decorrentes das altas temperaturas
Os recordes de temperatura não só aumentam os riscos de incêndios e prejuízos à agropecuária, com a perda de produção e mortes de animais, como também pode trazer sérios riscos à saúde das pessoas. E com a previsão de muito calor para os próximos dias é importante ficar atento e seguir algumas orientações.
A sensação térmica muito alta também pode provocar , por exemplo, insolação em diferentes graus. Os mais vulneráveis e que precisam de mais atenção são pessoas idosas, bebês e crianças, gestantes e portadores de doenças crônicas, como problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; além da população em situação de rua.
Quando o corpo não dissipa bem o calor, pode ocorrer a insolação em diferentes graus. O corpo humano dá sinais desse aumento prejudicial da temperatura e um profissional de saúde deverá ser procurado. Para a população em geral, para se proteger da insolação, o Ministério da Saúde recomenda hidratação, resfriamento e proteção do sol e calor (leia quatro abaixo). Os níveis de insolação e seus sinais são:
· insolação leve: muito suor e câimbras;
· insolação moderada: fraqueza, dor de cabeça, enjoo, vômito e irritabilidade;
· insolação grave: confusão mental; tonturas; pele quente e seca; e até perda da consciência.
Nesse caso, se você extiver em local público, a orientação é chamar o mais rápido possível o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192). A ligação para o telefone 192 é gratuita e o serviço público funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Enquanto os socorristas não chegam, o acompanhante deve buscar um lugar fresco e poderá esfriar o corpo da pessoa com panos úmidos ou spray com água.
Onda de calor
A onda de calor, que começou no início da semana, já atinge boa parte do país e deve se intensificar nos próximos dias, com temperaturas próximas e até acima de 40°C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso meteorológico de “Alerta Laranja” devido a persistência do fenômeno por, pelo menos, quatro dias consecutivos. Além disso, a temperatura prevista deve superar em 5º Celsius a média. A massa de ar quente ganhou força nesta quarta-feira (13) em Santa Catarina, mas no Rio Grande Sul o calorão já é sentido desde o começo da semana. A partir de sexta-feira (15), o forte calor também deve chegar ao Centro-Oeste e Sudeste do Brasil e em áreas das regiões Norte e Nordeste, atingindo 15 estados. No Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, interior de São Paulo, Goiás e Bahia a temperatura pode superar 40ºC.
Até novembro de 2023, oito ondas de calor atingiram o Brasil, com destaque para a que atuou entre os dias 8 e 19 de novembro devido ao número de dias consecutivos e ao recorde de temperatura de 44,8°C, em Araçuaí (MG), no dia 19, sendo a maior temperatura já registrada nas estações meteorológicas do Inmet, superando os 44,7°C, em Bom Jesus (PI), em 21 de novembro de 2005.
Nos próximos dias, com o aumento das temperaturas e a presença de umidade ao longo da atmosfera é comum a formação de áreas de instabilidade, que podem provocar temporais isolados, com rajadas de vento acima de 70km/h, granizo e chuva forte. Essa condição que deve se estender até o domingo (17), quando é esperado o pico do calor no período da tarde.
Na segunda-feira (18), com chegada de uma frente fria, as temperaturas sofrem acentuado declínio, especialmente no Sul, , com mínimas de 14°C nas regiões mais altas.
A meteorologista do Inmet, Naiane Araújo, aponta um conjunto de fatores responsáveis pelo fenômeno climático caracterizado pelo aumento anormal das temperaturas por um certo período. “Quando nos aproximamos do verão, que é a época mais quente do ano, a gente tem o céu aberto, mais ensolarado, com a ausência de nuvens e de chuva, e as temperaturas disparam mesmo”.
dicas para se proteger seu corpo das altas temperaturas
· beber águas e sucos com frequência, mesmo quando estiver sem sede;
evitar bebidas com álcool, açucaradas e os refrigerantes;
evitar refeições pesadas e condimentadas;
ingerir refeições leves, como saladas e frutas, a exemplo de melancia, melão e laranja;
permanecer em locais mais frescos e arejados: à sombra, com ar condicionado ou ventilador;
manter os ambientes úmidos com umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água;
usar roupas com tecidos e modelos frescos para deixar a pele respirar;
tomar banhos frios ou com temperaturas mais baixas;
evitar mudanças bruscas de temperatura;
evitar se expor ao sol nos horários mais quentes, assim como não realizar atividades físicas nestes intervalos, principalmente, ao ar livre;
usar protetor solar, óculos escuros e chapéus.
Aos tutores dos animais domésticos, especialistas recomendam;
· manter a água dos animais sempre fresca, limpa e disponível. Pedras de gelo podem ser acrescentadas ao líquido;
· não caminhar com os animais em piso quente para não queimar as patas;
· evitar passeios em horários de pico de temperatura;
· não deixar os pets expostos ao sol;
· avaliar o uso de ar condicionado no local onde o pet fica;
· verificar os comportamentos do animal;
· se necessário, procurar um veterinário.
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