Dermatologista alerta para a importância da prevenção
O mês de dezembro começa trazendo mais uma importante campanha relacionada à saúde, o “Dezembro Laranja”, que faz alusão ao câncer de pele, o tipo de câncer mais frequente no Brasil. A campanha foi criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia com o objetivo de promover a conscientização a respeito dos riscos do câncer de pele, orientar a população a manter hábitos de proteção solar, além de fazer visitas regulares ao médico especialista.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) explica que existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. Entre os dois tipos, o câncer de pele melanoma, que corresponde a 3%, é considerado o mais agressivo, pois possui alta possibilidade de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos.
O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Ele é mais frequente em adultos brancos, mas em indivíduos de pele negra pode surgir em áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.
Para o ano de 2022, o Inca estimou 8.980 novos casos da doença, sendo 4.640 em homens e 4.340 em mulheres. Em 2020, a doença fez 1.923 vítimas fatais. Destas, 1.120 eram homens e 803 eram mulheres.
Câncer de pele não melanoma
O segundo tipo é o câncer de pele não melanoma, que se divide em carcinoma espinocelular e carcinoma basocelular. Este é o tipo de câncer mais comum no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Conforme o Inca, este câncer apresenta altos percentuais de cura se for detectado e tratado precocemente.
Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, porém se não tratado adequadamente, pode deixar mutilações bastante expressivas. O Inca estimou para 2022 mais de 220.400 novos casos, sendo 101.920 em homens e 118.570 mulheres. Em 2020, o câncer de pele melanoma fez 2.653 vítimas, sendo 1.534 homens e 1.119 mulheres.
A médica dermatologista Cíntia Masson destaca alguns fatores de risco ao surgimento do câncer. “Ter a pele clara, exposição solar, como ir sem proteção à praia ou até no dia a dia. Nós temos que usar filtro solar todos os dias, mesmo em dias nublados ou chuvosos e de preferência o fator de proteção 50 ou mais. Outro fator de risco é já ter tido câncer de pele. Essas pessoas têm risco de ter novamente. Ter alguém na família que já teve também é um fator de risco. pessoas que têm muitos sinais ou pintas também correm um risco maior”, explica.
Além disso, para quem quer saber como prevenir o câncer de pele, a médica é clara: filtro solar. “Eu sei que nessa época todo mundo gosta de ir para a praia, pegar um solzinho e pode, não tem problema, só que precisa fazer a proteção. Existem roupas com proteção solar, passar filtro solar no rosto, no corpo, repassar o filtro ao sair do mar. Além disso cuidar, caso tenha alguma lesão nova, que esteja se modificando, procurar um dermatologista”, finaliza Masson.
Sinais que podem indicar câncer de pele
A dermatologista explica que o câncer de pele não melanoma se divide em duas categorias, o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. “O basocelular, por exemplo, se apresenta como uma lesão que não cicatriza e que tem um sangramento fácil. O paciente se queixa que tomou banho, secou o rosto e sangrou. É uma lesão que não cicatriza, que tem sangramento fácil. Já o espinocelular é uma casquinha mais grossa que nunca cura, que está sempre ali. O melanoma, por sua vez, se apresenta como um sinal com assimetria, ou seja, um lado na lesão não é igual ao outro; a borda da lesão é irregular; apresente multiplas cores; diâmetro maior que seis milímetros; e evolução, quando o sinal aumenta de tamanho. Essas são algumas características que a pessoa precisa ficar de olho e ligar o sinal de alerta”, orienta.
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