Aprovado em dez universidades dos EUA

Ex-aluno da Madre Lampel, Igor escolheu a Carolina do Norte

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Igor Schafer Nascimento, 20 anos, está próximo de realizar um sonho: estudar no exterior. A partir de agosto, ele vai cursar Business na Universidade da Carolina do Norte, na cidade de Chapel Hill, no Sul dos Estados Unidos. Nascido e criado em Gaspar, Igor conseguiu um feito incomum para a maioria dos brasileiros. Ele foi aprovado em dez universidades norte-americanas e escolheu a da Carolina do Norte porque o curso é bem classificado. A UCN está entre as 30 melhores instituições de ensino dos Estados Unidos e ranqueada entre as 100 melhores do mundo.
Igor admite que está ansioso para iniciar o curso, que terá duração de quatro anos. Ele, inclusive, já esteve em Chapel Hill, para conhecer a universidade e voltou impressionado com a estrutura. “Não existe nada comparado no Brasil”. A cidade, com cerca de 50 mil habitantes, vive no entorno da universidade, que tem cerca de 30 mil alunos, sendo 16 mil em cursos de graduação. A UNC é uma das mais antigas universidades dos EUA. A data de fundação é de 1789.
A universidade é uma “Public Ivy”, um termo utilizado para se referir a instituições públicas, mas que, na verdade, não são gratuitas como no Brasil. As Public Ivy oferecem estudo acadêmico equivalente às universidades privadas, porém, a valores muito menores, já que são subsidiadas pelo Estado.

Sonho antigo
Igor conta que o sonho de estudar nos EUA é antigo, começou quando ainda cursava inglês. Em 2020, ele se formou no ensino médio no Colégio Madre Francisca Lampel e chegou a estudar Economia na FURB, mas desistiu. Ele queria mais. Em 2022, passou a pesquisar opções de universidades nos EUA. “Até então eu achava que era impossível, mas com a ajuda de uma assessoria vi que podia ingressar em boas universidades”. A primeira lista tinha 20 universidades, mas Igor acabou optando por 12. “A partir dessas 12, eu iniciei o processo de seleção”. A aprovação, conta Igor, não depende apenas de conhecimento. “Ela envolve também cartas de recomendação, histórico escolar, documentação e a fluência no idioma”. Além disso, descreve o jovem gasparense, as universidades realizam uma investigação minuciosa sobre a vida do candidato. “Aqui, no Brasil, a aprovação gira em torno do vestibular. Nos EUA, as universidades analisam o perfil do estudante, é preciso escrever uma redação falando de você mesmo, eles também analisam o que você faz fora da sala de aula, além do histórico escolar, provas de matemática, de interpretação de texto e a prova de inglês já que sou um aluno internacional e preciso comprovar a minha fluência no idioma”, explica. Por último, as cartas de recomendação, que Igor precisou pedir aos seus ex-professores do Colégio Madre Francisca Lampel. “Isso ajudou bastante na minha aceitação”, observa. Para quem tem o mesmo sonho, Igor diz: “Com certeza, todos podem, assim como eu encarei, outros jovens podem ir atrás do sonho. Não desisitam, embora no começo pareça uma ideia não muito pé no chão”. No Brasil, além da família, Igor deixa a namorada, com quem já conversou. “Sei que vai dar saudades, mas é algo que já conversamos e ela também tem o mesmo sonho de estudar nos EUA”, finaliza.