A campanha nas ruas

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Não é surpresa o grande número de candidatos nas eleições gerais deste ano. O acirramento do debate político despertou nas pessoas a necessidade de acompanhar e de participar mais da vida política do País, o que de fato é salutar se não tivesse o temor do extremismo acentuado dos últimos anos criado a partir de discursos de ódio, desinformação e notícias falsas. Issoo levou a tomarem partido de A ou B e se declararem políticas, ao contrário dos discursos de 20 anos atrás, quando aelas se diziam apolíticas. Hoje, o cidadão que se diz não gostar de política é recriminado e discriminado.

O correto é ter posição política, é pender para um lado ou para outro e até se envolver com a política a ponto de se tornar um candidato. E foi isso que fizeram mais de 37 mil brasileiros que, segundo o TSE, estão inscritos para alguns dos cargos em disputa. São pessoas de todas as idades, raça, cor, gênero, religião e nível socioeconômico. Uma verdadeira torre de babel da democracia, oferecendo ao eleitor uma gama de opções de escolhas, e quanto mais candidatos melhor para que possamos eleger de fato aqueles que vão nos representar nas esferas estadual e federal. Os nomes estão aí e a campanha nas ruas. Esperamos que tudo se desenvolva no campo das ideias, embora o receio que a tensão pré-eleitoral possa aumentar daqui pra frente.