Polícia Civil dá detalhes de mais um crime bárbaro em Indaial
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A pequena Isabelle foi espancada até a morte / FOTO REDES SOCIAIS (Fotos: )
Mãe e padrasto espancaram a menina, Isabelle de Freitas, de três anos, até a morte e ocultaram o corpo
O comando da Regional da Polícia Civil de Blumenau realizou, no começo da tarde desta quinta-feira, dia 7, uma coletiva de imprensa (@pcsc.blumenau) para prestar mais esclarecimentos sobre mais um crime bárbaro que chocou a comunidade de Indaial. Mãe e padrasto estão presos por mataram a filha, Isabelle de Freitas, de três anos, e ocultarem o cadáver. O crime aconteceu na segunda-feira, dia 4, mas o corpo somente foi localizado na tarde desta de quarta-feira, dia 6, quando o casal confessou o crime.
Inicialmente, eles criaram a versão de que havia ocorrido um sequestro, mas desde o início da polícia desconfiou devido a incongruências em seus depoimentos. A mãe contou que estava lavando roupas, enquanto a filha estava na sala quando desapareceu. Segundo ela, um motorista de aplicativo teria levado Isabelle.
Segundo o delegado Filipe Martins, que está à frente do caso, a partir de novos depoimentos da mãe e do padrasto e de outras 12 pessoas que conheciam o casal, a versão de sequestro passou a ser descontruída. O motorista de aplicativo teria, na verdade, ido até a casa atendendo a um chamado do padrasto, porém, ele permaneceu pouco tempo e acabou dispensado, voltando ao seu trabalho.
“Comprovamos que as informações que eles estavam nos dando não eram verdadeiras”, disse o delegado. Martins contou que o padrasto foi o primeiro a confessar.” Ele disse que fez isso para corrigir a criança e que a mãe também teria agredido a menina”. No dia do crime, a mãe levou a criança para o quarto e continuou o espancamento. Em seguida, o padrasto foi até o quarto e verificou que a criança estava morta. “Eles decidem então colocar o corpo numa mala e levar até uma área de mata nas margens da BR-470. Ele cavou o buraco com as próprias mãos”, revelou o delegado.
Em depoimento, a mãe acabou também admitindo que a menina estava morta, mas negou que tivesse participado do espancamento, acusando o padrasto de ser o autor do crime. Familiares, porém, revelaram em depoimentos à polícia que a mãe era bastante violenta com a criança e que as surras eram frequentes. O padrasto indicou então o local onde o corpo estava escondido. A polícia foi até lá, porém não encontrou o local. Num segundo momento, o padrasto se prontificou a mostrar o lugar onde o corpo estava enterrado. Segundo o delegado, o casal já havia sido denunciado junto ao Conselho Tutelar de Indaial por maus tratos no ano passado, mas a própria mudança de endereço e a dificuldade do casal em aderir às orientações do Conselho dificultaram o acompanhamento do caso. Além disso, o casal morava há pouco tempo na cidade. Ainda de acordo com o delegado, o padrasto já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas, mas atualmente trabalhava vendendo doces nas ruas da cidade.
A polícia científica fez a perícia no local onde o corpo foi encontrado e também na casa onde ocorreu o crime. O casal tentou apagar vestígios de sangue, mas foram realizadas perícias nas roupas da menina e nos cômodos da casa, onde foram encontrados vestígios de sangue no quarto, sala e banheiro. Amostras foram encaminhadas ao laboratório para comprovar que se trata mesmo do sangue da pequena Isabelle. Mãe e padrasto estão presos preventivamente e vão responder por homicídio qualificado, com o agravante da vítima ser menor de idade, e ocultação de cadáver.
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