
Após a morte de Francisco, Igreja inicia caminho para escolher novo Papa

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Cardeais já foram convocados para dar início ao processo (Fotos: Peter Mountain)
Cardeais se preparam para o conclave e nomes como Peter Turkson, Matteo Zuppi e Luis Antonio Tagle despontam entre os favoritos à sucessão
A morte do Papa Francisco, anunciada nesta segunda-feira (21), gerou forte comoção mundial e marcou o início de um novo momento para a Igreja Católica: o processo de escolha de seu sucessor. Embora ainda não haja uma data oficial para o conclave — a reunião reservada dos cardeais para eleger o novo pontífice —, as atenções já se voltam aos nomes mais cotados para ocupar o trono de Pedro.
Entre os favoritos está Peter Turkson, cardeal ganês de 75 anos, que ao longo das últimas décadas acumulou prestígio por sua atuação em áreas como justiça social, meio ambiente e desenvolvimento humano. Ordenado sacerdote em 1975 e nomeado cardeal por João Paulo II em 2003, Turkson já foi presidente do Pontifício Conselho para Justiça e Paz e, posteriormente, liderou o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, órgão criado pelo próprio Papa Francisco. Caso eleito, ele poderá se tornar o primeiro Papa negro da história da Igreja.
Outro nome que ganha força é o do italiano Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, conhecido por sua habilidade de diálogo e perfil pastoral conciliador. Ele já era apontado como um possível papável antes mesmo da eleição de Francisco em 2013 e segue sendo considerado um dos principais representantes da ala progressista da Igreja.
Entre os mais mencionados também estão o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, atual prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, e Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, figura central na diplomacia da Santa Sé. Ambos são associados ao estilo pastoral e reformista de Francisco.
Na ala conservadora, os nomes de Willem Eijk, arcebispo de Utrecht, e Raymond Leo Burke, cardeal norte-americano crítico das reformas recentes, são destacados como possíveis alternativas a uma linha mais tradicional.
Apesar da pluralidade de perfis, a maioria dos cardeais com poder de voto segue alinhada com a visão progressista do Papa Francisco, o que pode indicar a continuidade de sua agenda no próximo pontificado.
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