Depois de reportagem do Jornal Metas com Inajara de Lima, Ditran adotou medidas de segurança no local do acidente

A Superintendência de Trânsito de Gaspar, Ditran, adotou as primeiras medidas para tentar dar mais segurança aos motoristas que trafegam na Estrada Geral do Gaspar Alto. Após reportagem veiculada pelo Jornal Metas com Inajara de Lima, mãe de Kleiton Kaftor de Lima Santos, jovem que há dois anos morreu em acidente de moto na estrada, placas de sinalização foram instaladas no local. De acordo com a Diretoria de Comunicação da Prefeitura, trata-se de uma medida apenas paliativa, pois o solo rochoso inviabiliza a instalação de um muro de proteção ou guard rail, que é a reivindicação de Inajara. “Ainda assim, é uma medida de segurança adotada. Se considerarmos que até agora, nada havia sido feito”, acrescentou a nota da prefeitura.

Relembre o caso
Na noite de 3 de março de 2023, Kleiton Kaftor de Lima Santos, 27 anos, morreu num acidente de moto na Estrada Geral do Gaspar Alto. O corpo somente foi encontrado na manhã seguinte. Isto porque, o jovem e a moto foram projetados para fora da estrada, despencando numa queda d´água de mais de 150 metros. Kleyton, que era barbeiro por profissão, morava em Gaspar e iria ser o pai em breve.
Por não ter testemunhas, as causas do acidente nunca foram totalmente esclarecidas, porém, a mãe, Inajara. não tem dúvida que o local é mal protegido e sinalizado. Na época, ela iniciou uma campanha para que a Prefeitura de Gaspar realizasse melhorias no ponto do acidente, que é uma curva bastante acentuada. Essa era também uma reivindicação antiga dos moradores do Gaspar Alto, pois outros acidentes ocorreram no local. “É uma curva muito fechada com uma cachoeira alta. Eu não quero que outras mães passem o que eu passei e ainda estou passando”, afirma Inajara.

Dois anos se passaram sem que nenhuma providência fosse adotada, embora Inajara tivesse se reunido com várias pessoas na Prefeitura na tentativa de buscar uma solução. “Chegaram e me dizer que a via seria alargada em 90 dias e que faltava apenas a assinatura do engenheiro do IMA - Instituto do Meio Ambiente. Mais tarde, me deram um novo prazo, e se passaram dois anos sem que nada fosse feito”, lamenta Inajara.

Há cerca de 20 dias, ela voltou a procurar o Jornal Metas e uma nova reportagem foi publicada esta semana. Inajara disse acreditar que com a mudança de governo municipal o seu pedido pudesse avançar. E de fato avançou. A colocação dos sinalizadores já vai orientar melhor os motoristas, mas o que ela quer de fato é uma proteção do lado da queda d´água, pois foi exatamente por não ter essa proteção que o seu filho morreu no acidente em 2022. Por enquanto, a única promessa feita é a do vice-prefeito, Rodrigo Althoff, engenheiro por profissão, que informou à mãe que iria solicitar estudos de viabilidade para instalação do guard rail.