De acordo com a polícia civil, as aves eram mantidas em cativeiro para que fossem utilizadas em rinhas de galo

Matéria atualizada às 16h

A Polícia Civil de Gaspar, em conjunto com a Delegacia de Proteção Ambiental, localizou nesta segunda-feira, dia 24, um grande quantidade de galos em cativeiro para venda e rinha. As aves, de acordo com a polícia, estavam em condições de maus-tratos em uma propriedade no bairro Santa Terezina, localizada em perímetro urbano. Durante a operação policial, também foram encontrados objetos e um espaço destinado a realização de rinhas de galos em forma de arena.

A Polícia Civil, acompanhada por um médico veterinário, identificou que os galos são da raça Mura Brasileiro. As aves eram mantidas confinadas em baias separadas e expostas a altas temperaturas, com algumas delas privadas de água fresca e potável. O médico veterinário constatou lesões nas aves típicas de rinha de galo, como nas cristas e barbelas. O local era provavelmente usado, com frequência, para a realização de rinhas de galos.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, os proprietários cometeram crimes de privação de liberdade dos animais, deixando de alimentá-los adequadamente tampouco fornecer água. As aves encontravam-se em visível estado de desconforto, com dores, ferimentos e doenças. Os policiais acionaram a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) para a fiscalização. A Polícia Civil lavrou um Termo Circunstanciado contra o dono da propriedade pelo crime de maus-tratos, conforme artigo 32 da Lei 9.605/98 que trata da prática de abuso, maus-tratos, ferimento, mutilação de animais  silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A pena para o crime é de 3 mês a 1 ano de detenção mais multa. A pena pode ser aumentado se os animais morrerem.