Projeto foi lançado no ano passado como o grande investimento do governo anterior na área da Educação

A Prefeitura de Gaspar anunciou, no final da tarde desta segunda-feira, dia 17, a suspensão de todos os contratos firmados com as empresas responsáveis pelo Centro de Ensino e Aprendizagem de Novas Tecnologias, o Projeto Fábrica. A medida, de acordo com o Executivo, é necessária para que a Comissão de Monitoramento e Avaliação, formada por servidores do município, de diferentes secretarias, e ligada ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), possa reavaliar os contratos. Segundo apurado, a comissão levantou questionamentos sobre a correta execução do projeto. "Como agora os contratos estão no fim, essa comissão pediu esclarecimentos ao CMDCA, para então apurar a conformidade do programa. Por conta disso o Fábrica está suspenso a partir de agora", informou a Prefeitura.,

O Fábrica foi implantado em 2024 por meio de recursos captados junto ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA), que incluem a reforma do prédio do antigo ginásio, que funciona junto ao Complexo Esportivo João dos Santos, e a construção e funcionamento das salas com a proposta Maker.

A Comissão solicitou informações para a Secretaria de Educação, gestora do projeto, sobre o andamento do Fábrica, para avaliar se as metas e objetivos previstos no plano de trabalho, e aprovado pelo CMDCA, estão de fato sendo cumpridos, assim como a correta aplicação dos recursos que foram liberados. 

O comunicado diz que a paralisação do projeto será mantida por tempo indeterminado até que o CMDCA receba todos os esclarecimentos. “Diante disso, e considerando que os contratos com as empresas que executam o programa estão próximos de seu término, a Administração Municipal determinou a sua suspensão para que sejam levantadas todas as informações para que então seja possível avaliar a continuidade do Fábrica”, diz a Prefeitura.

O FIA adota como critérios técnicos específicos, de caráter legal, que precisam ser atendidos. Ele é responsável por destinar recursos para projetos voltados à proteção e promoção dos direitos da criança e adolescência, com prioridade para aqueles em situação de vulnerabilidade e baixa renda, principalmente com famílias inscritas nos programas sociais de benefícios. No entanto, no comunicado a Prefeitura não especifícia quais seriam esses critérios técnicos que estão questionados.

A Prefeitura informou ainda que a Secretaria Municipal da Educação estuda alternativas para oferecer atividades em contraturno para as crianças que estavam matriculadas no projeto em 2025.