Perícia do Corpo de Bombeiros concluiu que fogo teve origem em um fenômeno termoelétrico na fiação elétrica de uma das salas comerciais

Os peritos do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) finalizaram o laudo sobre o incêndio de grandes proporções que atingiu um complexo de lojas anexo à Igreja Matriz, na Rua XV de Novembro, em Blumenau, no dia 23 de janeiro. O documento aponta que a causa do incêndio foi acidental, originada por um fenômeno termoelétrico na fiação elétrica localizada no espaço entre o assoalho do piso superior e o forro do pavimento inferior de uma das salas comerciais. Essa fiação conectava o sistema de ar-condicionado do local.

Apesar da gravidade do incêndio, não houve vítimas, apenas danos materiais. A edificação atingida possuía seguro contra incêndio, o que deve facilitar a recuperação do espaço.

A perícia começou assim que as chamas foram totalmente extintas e envolveu 39 profissionais, entre bombeiros militares, comunitários e voluntários dos quartéis de Blumenau, Gaspar, Timbó e Indaial. Graças à rápida ação das equipes, 40,39% do patrimônio foi preservado, resultando em cerca de R$ 4 milhões em bens salvaguardados.

O combate ao fogo contou com o apoio de 14 viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro caminhões-pipa do Samae e um da empresa Schroeder & Schmidt, de Indaial. No total, foram utilizados aproximadamente 250 mil litros de água para conter as chamas. A rápida resposta das equipes do 3º BBM foi essencial para evitar que o incêndio atingisse imóveis vizinhos.

Relembre o incêndio

O incêndio teve início por volta das 16h do dia 23 de janeiro. As chamas se espalharam rapidamente, exigindo uma operação intensa dos bombeiros, que durou cerca de sete horas. O fogo foi contido dentro de um perímetro de aproximadamente 50 metros de largura, evitando a propagação para outras edificações próximas.

Durante o combate, foram empregadas até oito linhas de ataque simultâneas, tanto pela Rua XV de Novembro quanto pelo pátio da Igreja Matriz. O trabalho das equipes enfrentou desafios como a alta carga de incêndio devido à grande quantidade de roupas estocadas e o risco de colapso da estrutura histórica, o que impediu o ingresso dos bombeiros no interior do imóvel. Dessa forma, todas as ações foram realizadas externamente.