Cidade mais indígena do Brasil paga o valor médio mais alto do Bolsa Família
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Cidade de pouco mais de 13 mil habitantes tem 2,3 mil famílias cadastradas no Bolsa Família (Fotos: Divulgação)
Em média, cada uma das 2.308 famílias moradora de Uiramutã vai receber R$ 1.024,35 em dezembro
Uiramutã, no Nordeste de Roraima, cidade mais indígena do Brasil, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é onde é pago o maior valor médio do Bolsa Família entre os 5.571 municípios brasileiros. Na cidade de 13,7 mil habitantes, cada uma das 2.308 famílias vai receber, em dezembro, um tíquete médio de R$ 1.024,55. Em todo o Brasil, são mais de 20 milhões de famílias beneficiadas com o Bolsa Família, que receberão, em média, R$ 678,36 – menos da metade de um salário-mínimo neste mês.
Ainda de acordo com o Censo 2022 do IBGE, Uiramutã também ocupa o topo da lista dos municípios com a população mais jovem do país: metade tem até 15 anos. Localizada na tríplice fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana e com uma área territorial de 8.113,598 km², Uiramutã é considerada a 10ª cidade mais populosa entre as 15 do estado roraimense. A renda anual per capita é de pouco mais de R$ 13 mil.
Ao todo, 96,60% da população uiramutansense se autodeclara indígena, ou seja, dos 13.751 habitantes, 13.283 habitantes tem descendência indígena. Desse número, 2.541 são crianças com idades de 0 a 4 anos, 2.292 moradores uiramutanense têm de 5 a 9 anos e 1.942 pessoas tem idades de 10 a 14 anos. As pessoas mais velhas do município — apenas duas — tem 100 anos.
Santa Catarina
Em Santa Catarina, um total de 235,2 mil famílias serão contempladas pelo Bolsa Família em dezembro. O investimento do Governo Federal supera R$ 157,1 milhões no estado, o que assegura um valor médio de benefício de R$ 671,72 aos contemplados nos 295 municípios catarinenses. O cronograma de pagamentos teve início na terça-feira, dia 10, e segue até o dia 23, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS).
No pacote de benefícios incluídos, 145,2 mil crianças de zero a seis anos recebem o Benefício Primeira Infância em Santa Catarina, um adicional de R$ 150 destinado a cada integrante dessa faixa etária na composição familiar. O investimento para assegurar o repasse a esse público é de R$ 19,1 milhões.
O Bolsa Família também prevê outros benefícios complementares, no valor adicional de R$ 50, que chegam a mais de 208,2 mil crianças e adolescentes de sete a 18 anos catarinenses, além de beneficiar 18.077 gestantes e 5.482 nutrizes. Para esses pagamentos, o investimento federal supera R$ 9,74 milhões.
Em dezembro, o Bolsa Família alcança, em seu grupo prioritário, 8.181 famílias em situação de rua, 4.102 de catadores de material reciclável, 350 de quilombolas e 2.471 de indígenas em Santa Catarina. O programa do Governo Federal ampara neste mês 580 famílias com crianças retiradas da condição de trabalho infantil e 544 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo ao escravo. No total, são 16.176 famílias contempladas nos grupos prioritários em Santa Catarina.
Com 16.164 famílias contempladas, Joinville é a cidade com maior número de beneficiários do Bolsa Família neste mês. Na sequência dos cinco municípios com maior número de famílias atendidas em Santa Catarina estão a capital Florianópolis (15.169), Lages (9.701), Palhoça (8.314) e São José (7.938).
Cidade com 5,9 mil habitantes e 309 famílias atendidas neste mês, Jordão é o município catarinense com maior valor médio em outubro: R$ 772,54. Em seguida aparecem Arabutã (R$ 746,88), Presidente Castelo Branco (R$ 743,32), Santiago do Sul (740,33) e Ibicaré (R$ 738,68).
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