Caramujo Africano volta a ser motivo de preocupação em Gaspar
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Molusco se multiplica em meio a plantações e jardins domésticos (Fotos: DIVULGAÇÃO)
Molusco se prolifera em épocas de chuva e pode causar danos à saúde humana
Depois de um período desaparecido, o caramujo gigante africano voltou a ser motivo de preocupação da Secretaria de Saúde de Gaspar. Orientações estão sendo passados à população a fim de controlar e eliminar o molusco que pode destruir hortas e jardins, além de contaminar alimentos e provocar sérios danos à saúde humana (leia abaixo). A Vigilância Epidemiológica de Gaspar afirma que a responsabilidade pelo combate ao caramujo gigante africano é dos moradores, que devem tomar medidas para evitar sua proliferação,
De acordo com a Nota Técnica nº 30/2022 do Ministério da Saúde, recomenda-se que os moradores realizem a coleta contínua dos caramujos, seguida de eliminação e descarte adequado. O procedimento recomendado é manusear os caramujos, ovos ou conchas usando luvas ou sacolas plásticas. Para eliminá-los, o morador pode aplicar cal virgem nos caramujos e, em seguida, enterrá-los.
Os caramujos coletados devem ser esmagados e descartados em valas de profundidade adequada, utilizando cal virgem para impedir a contaminação do solo e a atração de outros animais.
A Secretaria de Saúde também orienta sobre cuidados com o ambiente doméstico. Manter terrenos limpos, com grama aparada e sem restos de alimentos, ração, entulhos ou resíduos evita a atração dos caramujos, que preferem locais úmidos e sombreados. Para as hortas, recomenda-se higienizar bem os vegetais e deixá-los de molho em uma solução de água e água sanitária antes do consumo.
Origem e danos à saúde humana
O caramujo africano (Achatina fulica) é um molusco que se prolifera intensamente nas épocas de chuva. Também chamado de “caracol-gigante”, é nativo da África e foi introduzido ilegalmente no Brasil nos anos 1980 como alternativa ao escargot. Tempos depois se reproduziu descontroladamente na natureza e trouxe desequilíbrio ambiental ao competir com nossas espécies. Além disso, não possui predadores naturais no Brasil.
É no muco deste caramujo que podem ser encontrados parasitos que causam duas importantes zoonoses:
Angiostrongilíase Meningoencefálica Humana: causada pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, os sintomas mais comuns são dor de cabeça muito intensa, febre, vômitos, rigidez de nuca, formigamento, dentre outros. Seu ciclo envolve roedores, portanto o controle de ratos auxilia na prevenção.
Angiostrongilíase abdominal: causada pelo parasita Angiostrongylus costaricensis, geralmente não manifesta sintomas, embora em alguns casos possam ocorrer dor abdominal, febre, inapetência, náuseas, vômito e diarreia.As doenças são transmitidas apenas pelo contato direto com o molusco:
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