Chuva não para e parte de Porto Alegre segue debaixo d´água
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Chuva voltou a castigar boa parte do Rio Grande do Sul (Fotos: FOTO AGÊNCIA BRASIL)
Em uma manhã choveu o equivalente ao mês inteiro
A cidade de Porto Alegre e boa parte do Rio Grande do Sul seguem enfrentando graves problemas com alagamentos. Nesta sexta-feira, dia 24, a Defesa Civil da capital gaúca emitiu um alerta para deslizamentos em vários bairros da cidade, orientando a população, que está em áreas de risco, a ficar atenta e, a qualquer sinal, deixar as residências. Nas últimas 24 horas choveu muito acima da média em todo o estado.
Em Porto Alegre, na manhã de quinta-feira (23), o volume de chuva foi equivalente ao mês inteiro: 102mm. O sistema de bombeamento de água, já debilitado pela enchente que atinge a capital gaúcha e outros municípios há quase um mês, e os dutos entupidos com entulhos trazidos pela enchente não resistiram e a água que deveria escoar pelos bueiros da cidade, acabou voltando em grandes volumes alagando novamente boa parte das ruas dos bairros Menino Deus e Cidade Baixa, que ficam próximos ao rio Guaíba.
O nível do Guaíba voltou a subir e chegou a 3,95m. As aulas foram novamente suspensas em toda a rede de ensino do município. A chuva volumosa também provocou uma nova elevação dos rios Jacuí, Caí, Sinos e Taquari, colocando novamente em alerta a população que havia retornado para a casa.
Como medida preventiva, a prefeitura de Porto Alegre voltou a fechar os diques do muro da Avenida Mauá, para evitar que a água, que já havia baixado, volte a subir na região central da cidade. Além de bairros como Menino Deus e Cidade Baixa voltarem a submergir, zonas até então a salvo de transtornos foram atingidas principalmente em pontos da Zona Sul.
Em entrevista coletiva, o prefeito Sebastião Melo creditou os novos problemas a um conjunto de causas, como a concentração das pancadas previstas em um curto período de tempo.
Especialistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) afirmaram à Rádio Gaúcha que a precipitação registrada nas últimas horas não representaria um desafio substancial em condições normais, mas sobrecarregou um sistema debilitado por falhas anteriores que levaram ao desligamento da maior parte das casas de bombas e ao comprometimento parcial da canalização pluvial. Para evitar danos ainda maiores, Melo anunciou o fechamento das cinco comportas que estavam abertas e um esforço para intensificar a limpeza da rede de drenagem.
A boa notícia é que a chuva deve parar nas próximas horas e uma massa de ar polar chega ao Rio Grande do Sul, derrubando as temperaturas que podem chegar a 5 graus negativos em algumas regiões do estado gaúcho, acompanhada de um vento muito forte que pode provocar até ondas no Guaíba.
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