Tupi se estrutura para, no futuro, implantar o futebol profissional

Na próxima sexta-feira, dia 1º, Renato Zimmermann completa quatro meses no cargo de gestor do Clube Atlético Tupi. Com experiência de quem já esteve no clube entre os anos de 2002 e 2009, Renato vem implantando mudanças na gestão, entre elas a ampliação da comissão técnica e a parceria com um médico e fisioterapeuta, que passaram a acompanhar os atletas. Selecionamos alguns trechos da entrevista concedida ao jornalista Alexandre Melo na última terça-feira, dia 29, que você pode conferir na íntegra (em vídeo) no final dessa matéria ou nas nossas redes sociais.

O INÍCIO DO TRABALHO
Renato explica que fez uma primeira avaliação de tudo o que estava acontecendo no clube. “Embora a diretoria estivesse realizando um excelente trabalho havia a necessidade de se ter um gestor no dia a dia, para dar suporte à equipe. A diretoria, por ser voluntária, não pode estar todos os dias no clube porque as pessoas têm compromissos, por isso me contratou”.

FOTO GUILHERME SPENGLER

A ESCOLINHA
"Nós temos quatro categorias: Sub 11, Sub 13, Sub 15 e Sub 17, mas temos também a formação a partir dos sete anos, ou seja, o Sub 7 e Sub 9. Recentemente conquistamos o vice-campeonato da categoria Sub 10 da Copa Acef, portanto começamos a formação a partir dos 7 anos. E a participação nas competições começam a partir dos 11 anos. Temos um grupo de pais, que formam uma comissão que se reúne com a diretoria para buscar soluções. Essa comissão é bastante atuante”.

COMISSÃO TÉCNICA
Renato conta que um dos primeiros diagnósticos era o de que o clube tinha uma comissão técnica reduzida. Para se ter uma ideia, um técnico cuidava de três categorias. “Nós entendemos que isso era inviável, que deveríamos ter um para cada categoria e contratamos mais professores de Educação Física”.

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PATROCÍNIO
Segundo Renato, a busca por patrocinadores é fundamental para a manutenção das atividades do clube, embora a renda arrecadada em eventos como a Feijoada do Tupi e Torneio do Trabalhador ajudem. Mas, o gestor entende que o Tupi precisa de patrocinadores com contratos mais longos. “O nosso projeto de patrocínio é para três anos; estamos conseguindo bons contatos e acredito que antes do final do ano já tenhamos fechado com estes patrocinadores. Por que três anos? Porque, os patrocinadores colocam a sua marca nos uniformes, e você não pode todo o ano ter que renovar os uniformes porque perde um patrocinador. Isso gera um custo muito alto para o clube. Nós temos uniformes de jogo, de treino e de passeio”, argumenta.

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FUTEBOL PROFISSIONAL
Renato explicou que o Tupi não é um clube formador de atleta, para isso precisaria implantar uma grande estrutura que envolve desde alojamento, alimentação, transporte e até estudo para os atletas, mas se enquadra hoje na categoria “Clube Solidário”. O gestor revelou que o Tupi pode receber um bom dinheiro da venda do jogador Alemão (ex-Inter-RS) para o Grupo Pachuca, do México, por mais de R$ 15 milhões. Esse negócio pode render ao Tupi cerca de R$ 120 mil. Mas, esse negócio é uma exceção, já que o clube não tem vínculo profissional com seus atletas. “Quando você vende um jogador é porque ele pertence ao clube, não é o caso do Tupi que é um clube amador, mas também está registrado na CBF que o Alemão esteve no Tupi em determinado período, por isso já acionamos o nosso Departamento Jurídico para buscar receber os valores que acredito fique em torno de 1% da transação entre o Internacional e o clube mexicano”, explica Renato. Ele afirmou ainda que a profissionalização do futebol do Tupi é o caminho para se rentabilizar o clube. “Nós precisamos ser um clube formador de atletas registrados no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF. Para isso, precisamos criar a estrutura. Na minha outra passagem pelo clube, nós disputávamos competições estaduais juvenil e juniores, onde nossos atletas eram registrados na CBF. E nós temos a intenção de voltar a fazer este trabalho em parceria com outros clubes, para quando o nosso atleta se profissionalizar em outro clube nós tenhamos o direito a um percentual sobre a venda. Voltando ao caso do Alemão, ele se profissionalizou no Metropolitano, mas caberia ao Tupi, na época, ter feito um contrato com o jogador para quando ele se profissionalizasse o clube tivesse direito a um percentual sobre qualquer negociação. Isto porque nós investimos alto para formar nossos atletas. O recurso que entraria da venda de um jogador formado no Tupi ajudaria a manter as atividades, investir na formação de outros atletas e montar uma estrutura melhor de apoio a esses jovens, que inclui participar de competições estaduais e nacionais.

Estrutura
Além de todos os recursos que o Tupi precisa para manter profissionais trabalhando no clube, Renato chama atenção para a manutenção e ampliação das instalações físicas. “Na minha outra passagem pelo clube, nós fizemos a cobertura da arquibancada. Hoje, precisamos reformar essa arquibancada. Hoje, nós temos só um campo para treinamento, mas já estamos atrás de recursos para fazermos um segundo campo sintético para auxiliar nos treinamentos, precisamos construir novos vestiários, mais modernos. Hoje, nós temos uma parceria com a academia do Cleiton Costa, mas poderíamos ter a nossa própria academia. A parte médica, que implantamos, também foi um passo importante para acompanharmos melhor o desenvolvimento dos nossos jovens atletas.

Calendário 2024
O calendário de competições para 2024 será montado, porém, o Tupi vai aguardar a eleição da nova diretoria, em. A gente não sabe se vamos ter uma ou mais chapas, mas já posso adiantar que vai haver renovação na diretoria”, finaliza.

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