No mesmo dia em que deixou a prisão de Brians 2, na Espanha, o ex-jogador brasileiro Daniel Alves, de 40 anos, deu uma festa em sua casa. A notícia foi dada em primeira mão pelo jornal "Marca". A confraternização, porém, segundo o jornal espanhol, não estava relacionada ao fato do ex-jogador ter deixado a prisão, onde vai aguardar os recursos em liberdade provisória. Ele estava comemorando o aniversário do pai, Domingos Alves da Silva. Participaram da festa familiares e amigos mais próximos de Daniel Alves. Na quarta-feira, ao se apresentar pela primeira vez à justiça, o que deve fazer diariamente, o ex-jogador foi xingado e vaiado por pessoas que estavam do lado de fora. "Tem muito dinheiro para estuprar", teria dito uma dessas pessoas.

"À noite [amigos] vieram a esta casa [onde ocorreu a festa], quando já não havia mais jornalistas, e comemoraram [o aniversário de Domingos Alves da Silva] também com Dani Alves", revelou um repórter da mídia espanhola. Ainda de acordo com o repórter, a festa entrou madrugada adentro. 

Daniel Alves ainda não completou uma semana nas ruas. Ele deixou o presídio na última segunda-feira, dia 25, onde cumpria pena por estupro, numa das mais polêmicas decisões da justiça espanhola. O ex-jogador ficou preso por um ano e dois meses e, no final do mês de fevereiro, foi julgado e sentenciado a mais de quatro anos de prisão em regime fechado por supostamente ter estuprado uma jovem numa danceteria da cidade de Barcelona. Ele acabou ganhando o direito de responder aos recursos que serão impetrados contra a decisão em liberdade provisória mediante o pagando de uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,6 milhões). No entanto, precisará cumprir uma série de regras, como se apresentar à Justiça sempre que for solicitado, não deixar a Espanha e entregar seus passaportes. Ele também não poderá se aproximar da vítima que o acusa de estupro nem fazer qualquer tipo de contato. O dinheiro da fiança teria vindo de uma "vakinha" entre amigos. O pai do jogador Neymar, que no mês de fevereiro bancou a indenização de 150 mil euros à vítima, para que a pena fosse reduzida pela metade, desta vez se negou a emprestar ao jogador o valor determinado pela justiça.