Turismo sobre duas rodas

Com uma bicicleta e muita vontade de pedalar, é possível conhecer várias cidades de Santa Catarina

Com uma mochila nas costas e muita disposição, qualquer ciclista pode conhecer diversos caminhos de Santa Catarina. Próximo a Gaspar, há duas rotas que convidam o ciclista a ter uma visão diferente das cidades do Vale e Foz do Rio Itajaí-Açu: o Circuito Vale Europeu e a Costa Verde & Mar. 

De acordo com dados da Associação Mundial de Trade de Turismo de Aventura (ATTA), há um crescimento na procura por viagens de bicicleta, aumento na oferta de destinos atraentes em todo o mundo e um maior interesse das pessoas pelos cicloturismo. O site Planeta Sustentável destaca que Santa Catarina é o estado brasileiro que melhor está preparado para lidar com este público. 

Na página ao lado, saiba mais sobre os encantos do dois roteiros catarinenses que estão mais próximos da cidade de Gaspar.

 

Costa Verde & Mar

Muitos quilômetros de praia e outros tantos pelos caminhos de terra cercados por plantações. Assim é o circuito de cicloturismo do Costa Verde & Mar, o único do Brasil a reunir litoral e interior e que dá ao turista a oportunidade de conhecer 11 cidades da região com a sua bicicleta. De acordo com o Consultor Técnico Administrativo e Turismólogo da Secretaria de Turismo de Itajaí, Rodrigo Luiz Flâmia, foi por meio de um contato com a Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú que a Costa Verde & Mar pode conhecer o potencial que a região possui para o cicloturismo. Os dados que a associação possuía sobre os ciclistas foram utilizados para começar o planejamento do roteiro, em 2010, que ficou pronto no ano seguinte.

“Acreditamos que o circuito todo merece destaque, até mesmo porque a rota é bem eclética e são muitas as singularidades de cada município envolvido”, conta o turismólogo. Entre os 270 quilômetros de pedalada, Rodrigo fala de dois pontos, que costumam chamar a atenção de turistas. Um deles é o caminho que leva até a Cachoeira Seca, no município de Camboriú. De seca, a cachoeira só tem o nome. Nela o cicloturista pode se banhar e aliviar o calor após quilômetros de pedalada. Próximo à região, um ponto de apoio oferece refeições, aluga chalés e conta com duas piscinas. Outra visão que surpreende o turista é a da área rural de Itajaí. Geralmente associada à imagem do porto e das muitas empresas de logística, Itajaí mostra que seu interior possui muitas belezas naturais.

Para Rodrigo, a maior vantagem de abranger litoral e interior é atrair dois tipos de público, o que é aficcionado por praias e aquele que gosta de ter contato com a natureza, mergulhar em rios e cachoeiras. “O cicloturismo deve crescer nos próximos anos, basta vermos o quanto o público vem aumentando nos últimos anos. Ele cresce aliado à questão da mobilidade urbana e da prática de um turismo cada vez mais sustentável”, observa. 

270 quilômetros

Balneário Camboriú

Balneário Piçarras

Bombinhas

Itapema

Itajaí

Navegantes

Penha

Porto Belo

Camboriú

Ilhota

Luís Alves

 

Vale Europeu

Em um caminho em que as estradas de terra predominam, é possível voltar um pouco no tempo e conhecer mais sobre as origens da região do Vale do Itajaí. São sugeridos sete dias de pedal para que o turista veja de perto as marcas que a colonização europeia deixou na região, além de ter contato com a natureza em trechos com Mata Atlântica preservada em uma das áreas de maior concentração de nascentes do país, que conta com cachoeiras, rios e riachos pelo meio do caminho. A colonização europeia está muito presente nos hábitos da população. A arquitetura enxaimel indica a colonização alemã, enquanto os queijos e vinhos produzidos na área não deixam a herança italiana ser esquecida.

“Como já tenho décadas de estudos sobre a história da região, o que vejo não é novo para mim. O que gosto neste circuito é a originalidade, a preservação dos hábitos, da arquitetura, gastronomia e das heranças europeias”, destaca a historiadora e cicloturista Leda Maria Baptista. Ela realiza o passeio quase todos os anos, por isso já é grande conhecedora do circuito. Leda ressalta também que a rota já está muito bem estruturada e sinalizada, além de contar com um manual com plano altimétrico, que indica as subidas, descidas e outras características de relevo e indica também as dificuldades físicas e técnicas, dados importantes para o ciclista. A receptividade da população é outro ponto positivo. “Os moradores já estão acostumados a verem os turistas passarem pelo circuito, então recebem bem quem passa por lá, cumprimentam e conversam. Eles também costumam deixar seus cachorros dentro do terreno de casa, para não atrapalhar o ciclista”, conta Leda.

Depois de ter feito a rota tantas vezes, ela recomenda a hospedagem na Pousada Campo do Zinco, em Benedito Novo. Muitos ciclistas preferem pedalar por mais tempo para ir direto à próxima cidade do roteiro, e perdem a visita ao local que, segundo Leda, é um paraíso. Localizada a uma altitude de 800 metros, a pousada conta com belas cachoeiras e um mirante, de onde é possível admirar todo o vale.

350 quilômetros

Timbó

Pomerode

Indaial

Ascurra

Rodeio

Dr Pedrinho

Rio dos Cedros

Benedito Novo

Apiúna

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