Treinar, evoluir e superar desafios

Foram estes os objetivos que deram vida à Equipe Quay de Ciclismo

Formada por sete ciclistas entre 27 e 45 anos, o grupo se reúne para quatro tipos de atividades: treinos diários e curtos, treinos longos aos fins de semana, participação em provas e passeios despretensiosos. Apesar das pedaladas terem iniciado ainda em 2012, foi em agosto deste ano que a equipe foi oficializada. “Nos organizamos, buscamos patrocínio e adquirimos os uniformes”, diz Silvio Avancini.

Foi ele um dos responsáveis pela formação da Quay. “Eu pedalo há aproximadamente 10 anos e no início o meu irmão me acompanhava. Mas passei a fazer as atividades sozinho até o início deste ano, quando, em um dos passeios, encontrei o Neto. Conversamos e começamos a pedalar juntos e, a cada dia, novos ciclistas foram se juntando a nós”, explica. Os fatores que levaram cada um a participar do grupo são diversos: prazer pelo esporte, necessidade de treinar e superar limites. “A amizade faz parte do grupo. Depois da minha primeira pedalada com uma bike emprestada não tive dúvida em comprar a minha própria bicicleta. Dali em diante, nunca mais parei”, ressalta Fábio Moretto, um dos outros integrantes.

Speed

O estilo das bikes usadas pela equipe é o “speed” - ideais para andar em estradas pavimentadas, especialmente no asfalto, onde cada esportista imprime seu ritmo, buscando cadência, velocidade e distância. Os treinos curtos (e matinais) são geralmente 40Km de pedalada; já nos treinos longos o percurso pode chegar a 150km. As dificuldades são inúmeras. “Nossos treinos acontecem nas primeiras horas da manhã e, normalmente, ainda está escuro quando saímos. Os riscos mais  graves estão relacionados às condições do acostamento e a falta de respeito dos motoristas”, afirma outro integrante da Quay, Selvino Souza. Ele explica que o grupo toma toda as medidas preventivas mas que, mesmo assim, o perigo existe. “A grande maioria dos motoristas não respeita a distância mínima lateral de 1,5m ao ultrapassar um ciclista e, o fato de Gaspar não ter ciclovias, faz com que pedalemos na rodovia”, diz. Por isso, os integrantes pedem mais atenção das autoridades. “Falta incentivo ao esporte na cidade, especialmente ao ciclismo, em todas as suas formas”.

Tanto mentalmente quanto fisicamente, os benefícios do pedal para a saúde são diversos. Perda de peso, bem-estar e maior disposição para as atividades estão entre eles. “Os resultados para mim foram imediatos. Sinto a respiração mais leve e tenho mais disposição para encarar o dia de trabalho”, ressalta Moretto. No grupo, um exemplo interessante pode ser citado: o do ciclista Rodrigo Junkes. Dono de uma antiga rotina extremamente sedentária foi na pedalada que ele alcançou a qualidade de vida. Muito acima do peso e com problemas de saúde, ele procurou o médico. A recomendação foi perder, no mínimo, dez quilos ou fazer uma cirurgia. 

“Procurei uma nutricionista e comprei a bicicleta. Dali em diante, minha vida mudou. Perdi 17 quilos e já participei de várias meias maratonas. Em setembro deste ano consegui outro desafio: correr minha primeira maratona”, comemora. 

Provas

Para evoluir no esporte é preciso ter metas, sejam elas para queimar algumas calorias, melhorar o condicionamento físico ou bater recordes pessoais. E para alcançar estes objetivos, a equipe Quay de Ciclismo começou a participar de provas. Neste ano, alguns integrantes do grupo viajaram até Orleans e subiram a Serra do Rio do Rastro. Outros participaram da Taça Ric Record, em Itajaí e recentemente o Selvino completou o circuito Audax de 4 provas de resistência pedalando respectivamente 200km, 300km, 400km e 600km, o que lhe conferiu o título francês de Super Randonneur. Para o início de dezembro, a equipe está treinando forte para o Desafio Marcio May, em Rio do Sul.

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A pedalada como lazer

Em 2010, o professor de geografia Anderson Rodrigues dos Santos, de 32 anos, teve uma ideia para driblar os congestionamentos no deslocamento ao trabalho: ele comprou uma bicicleta. Mas, como levava para a escola muitos livros e materiais extras, a intenção acabou não dando certo.  Nem por isso ele abandonou a bike. A bicicleta passou a fazer - novamente - parte da vida do professor. “Desde criança, sempre gostei de andar de bicicleta. Em 2010, depois que comprei novamente uma bicicleta, eu comecei a ler sobre o assunto e um dos temas, o cicloturismo, me chamou a atenção. Comecei, então, a pedalar por lazer”, disse. Os roteiros mais charmosos e conhecidos da região, o “Vale Europeu” e a “Costa Verde Mar”, já foram percorridos por ele. “Eu comecei a pedalar sozinho e percebia que muitas outras pessoas também pedalavam na cidade. Foi assim que surgiu, no início de 2011, o grupo Pedal Gaspar”, explica. 

Eles criaram uma página na rede social facebook e aos poucos as pessoas começaram a se organizar e participar de passeios. Já que ciclistas de outras cidades, como Blumenau, também participavam das atividades, o nome do grupo mudou para Pedal do Vale. “O que atrai os ciclistas para o município é o relevo e as características geográficas: você consegue sair da área central e chegar ao interior rapidamente, sem ter que subir morros”, ressalta.   

Anderson explica que os passeios realizados pelo grupo são voltas rápidas, mais leves e tranquilas, sem exigir muito esforço das pessoas. “Pedalamos por lazer e o objetivo é fazer com que a pedalada seja algo prazeroso. Participam homens e mulheres de idades variadas”, diz. Os passeios são realizados semanalmente, sempre ao anoitecer. Além dos benefícios para a saúde, Anderson aponta outras vantagens da pedalada, como a maior integração social. “Quando você está de carro ou moto, não para para conversar com as pessoas. Já quando se anda de bicicleta é mais fácil para você parar e cumprimentar, trocar algumas palavras”, diz. 

 

Na Trilha Pedal Club 

Outro grupo de ciclistas que existe em Gaspar é o Na Trilha Pedal Club - que surgiu há um ano por iniciativa de um grupo de amigos com o objetivo de integrar os “pedaleiros”. Os passeios também são feitos no interior da cidade e, às vezes, em outros municípios. “Nossa intenção é fazer com que cada vez mais as pessoas passem a aderir ao pedal, sempre com o objetivo de contribuir para a saúde em convívio com a natureza”, afirma Nelson Bornhausen, um dos integrantes do grupo. Assim como o Pedal do Vale, eles também combinam os passeios pela página do grupo no facebook. “Quem quiser participar é só curtir a página.”, diz.

Aos 33 anos, o corretor de imóveis lembra que a bicicleta entrou para a sua vida quando ele ainda era criança. “Muitos dos momentos da minha infância guardados na minha memória estão relacionados à bicicleta, como, por exemplo: a primeira bicicleta que ganhei no Natal, as primeiras pedaladas sozinho e sem rodinhas, o primeiro tombo, os ralados e assim por diante”. O grupo dedica-se agora à elaboração de um site, com informações voltadas para a pratica do ciclismo. 

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