Pedala, Gaspar

Leia o artigo da advogada Sally Satler

 Os benefícios da bicicleta são indiscutíveis, para o cidadão e a cidade. Previne doenças, instiga alimentação saudável e reduz gastos com saúde pública. Também reduz o trânsito e a necessidade desenfreada de investimento em obras de ampliação e abertura de vias. Reduz a poluição sonora e do ar, contribuindo para o bem-estar de todos.

Isso tudo não é novidade para ninguém, o estranho é que precise ser repetido tantas e tantas vezes. Mas não é esse o verdadeiro segredo da paixão pela ‘magrela’, e sim os prazeres que ela proporciona. O primeiro prazer é o vento no rosto, sentir na pele a memória da infância e no presente a liberdade. Sentir que naquele momento em que está pedalando: o tempo, a vida, os pensamentos são apenas seus; é um instante de encontro consigo.

O segundo prazer é redescobrir sua cidade. O carro, como uma prisão, faz-nos esquecer os detalhes da rua onde passamos a infância, ou até mesmo a que passamos todos os dias. A bicicleta devolve o direito à cidade, o prazer de contemplar uma pequena flor ou um detalhe despercebido da arquitetura, ou ainda, o cotidiano de nossos vizinhos ou daqueles que vivem no campo. Simplicidades que a rotina nos surrupiou!

 As amizades são o terceiro grande prazer. Entre os ciclistas, o cuidado com o corpo e alimentação são motivados pelo ideal de uma vida mais saudável e não por pressões para ter um corpo idealizado pelo mercado. O uso da bike torna os cidadãos mais felizes. Mas para isso, o seu incentivo precisa ser pensado e implementado como política pública municipal, com criatividade para otimizar os investimentos que certamente vão ter retorno garantido a curto e médio prazo.

Precisamos criar um sistema de ciclovias interligadas aos bairros e escolas. Gaspar tem um território imenso para implementar ciclorrotas, que muito contribuirão para o lazer da população. Andar de bicicleta humaniza os espaços urbanos e traz qualidade de vida. Carros são ilhas como redomas, habitados por pessoas que ficam indiferentes ao mundo externo. Quando ando de bike e encontro outros ciclistas, percebo a cumplicidade no olhar e na atitude. Sinto o vento soprando instantes de liberdade.

Quando ando de carro eu não vejo pessoas e nem conheço a cidade, só presto atenção no trânsito caótico para não bater. Andando de bike eu me sinto livre: vejo casas e pessoas, árvores, plantas e flores. Eu vejo vida. Vem pedalar, também!

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