Ao invés do automóvel, a bicicleta

Há 16 anos, José Isensee deixa o carro na garagem e vai para o trabalho de bicicleta

Optar pelo uso da bicicleta ao invés do automóvel para ir ao trabalho ou para os afazeres de rotina tem se tornado, aos poucos, mais comum entre as pessoas. Em Gaspar, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos ciclistas, vários exemplos podem ser encontrados. É o caso do morador do bairro Gaspar Grande, José Alfredo Isensee, de 54 anos. Todos os dias, após o almoço, ele deixa seu carro na garagem de casa e sai para trabalhar de bicicleta. A saudável rotina de José já dura 16 anos - mesmo tempo em que trabalha na Farmácia São Pedro, no Centro da cidade.

A residência fica distante cerca de três quilômetros do emprego e, para chegar ao serviço, ele leva aproximadamente 15 minutos. “Se eu fosse fazer o percurso de carro levaria menos tempo. Mas o uso da bicicleta tem muitos outros benefícios e foi exatamente por isso que optei pela pedalada”, afirma. José escolheu se deslocar ao trabalho de bicicleta pensando em sua saúde e bem-estar, além de contribuir com o meio ambiente. “É uma forma de ajudar o mundo, pois é um carro a menos circulando na cidade”.

A escolha de José, entretanto, não é compreendida por algumas pessoas. Ele diz que a opção em utilizar a bicicleta já foi até motivo de piada. “Uma vez, uma pessoa passou em frente a minha casa e me questionou. Ele falou: você tem um carro e deixa ele na garagem para andar de bicicleta? Você é louco?”. Apesar desse episódio, o morador do Gaspar Grande acredita que se não fossem as inúmeras dificuldades muitas outras pessoas fariam como ele. 

“Hoje, o número de automóveis circulando no município aumentou muito e pedalar tem se tornado bastante perigoso, já que não existem ciclovias na cidade. Além disso, há muitos buracos nas estradas”, explica. Ele lembra que a faixa destinada a ciclistas às margens da rua Doutor Nereu Ramos, no bairro Coloninha, foi muito importante. “Esta ciclofaixa ajudou muito, ela deveria ser estendida para outras localidades”. Outra dificuldade apontada por José é a falta de estacionamento para bicicletas. “Muitas pessoas não usam a bicicleta para ir trabalhar pois não tem onde deixá-las”, diz.

Apesar de já ter se envolvido em duas colisões com automóveis, José não pensa em desistir da bicicleta e sempre incentivou o uso dela entre os quatro filhos. “Todos eles andam por hobby”, afirma.

Bem-estar

Outra pessoa que opta em usar a bicicleta ao invés do automóvel, quando possível, é o morador do bairro Margem Esquerda, Marco Aurélio de Souza. O empresário de 34 anos explica que escolhe a pedalada pensando no bem-estar e na qualidade de vida. “Gosto de andar de bicicleta pois é uma forma de me exercitar e as atividades físicas são muito importantes para a saúde”, afirma. Sendo assim, ele utiliza bastante a bicicleta durante os afazeres de rotina. “Quando não preciso levar material comigo, ando com a bicicleta. Hoje, por exemplo, quando tenho que ir ao banco vou com a bike”, afirma. Segundo o empresário, andar de bicicleta é também uma forma de economizar. Além das atividades diárias, Marco Aurélio afirma que pedala entre 60 e 80 quilômetros por semana, por lazer. Os passeios acontecem sempre pelo interior do  município.      

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Menos tempo e estresse

Moradora do Santa Terezinha opta pela bicicleta para levar o filho à escola

Quem também deixa o carro na garagem e escolhe usar a bicicleta é a moradora do bairro Santa Terezinha, Roselaine Ferretti, de 37 anos. Todos os dias ela vai com a “magrela” levar o filho Tomaz, de cinco anos, para a escola. Apesar do educandário ficar no Centro da cidade - um pouco distante da residência da família - Roselaine afirma que a bicicleta é a melhor opção para o deslocamento. O menino estuda no período vespertino e na hora da saída da escola, por volta das 18h, há muito trânsito nas principais vias do município. “De bicicleta faço o trajeto em 10 minutos. De carro levo mais de meia hora para chegar em casa”, diz. 

Além de poupar tempo, Roselaine afirma que o uso da bicicleta traz ainda outros inúmeros benefícios. “Ficar presa no congestionamento é muito estressante. Além disso, depois da implantação da área azul, é muito difícil achar uma vaga de estacionamento que não seja paga. Usando a bicleta economizo ainda bastante gasolina”, ressalta. 

 

Paixão antiga

Mas não foram apenas estes os motivos que fizeram Roselaine  optar por deixar o carro na garagem. “Eu sempre gostei muito de andar de bicicleta e como não estava praticando nenhum exercício físico, resolvi unir o útil ao agradável”, diz. Hoje ela não pensa em abandonar o “hobby”, mesmo com os perigos enfrentados diariamente. 

“Realmente andar de bicicleta tem se tornado uma aventura por causa do grande número de veículos circulando e também não tem ciclovias na cidade. Mesmo assim, a pedalada vale a pena”. 

A ida à escola também se tornou uma divertida aventura para Tomaz, que aprovou a troca feita pela mãe. “Eu gosto de vir de bicicleta”, disse. Quando ele chega ao educandário, é a sensação entre os alunos, já que quase todos os outros chegam de carro.

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