Com o advento da internet, o jornal impresso vai morrer? A pergunta acabou se tornando o principal tema das discussões no 41º Congresso da Associação dos Jornais do Interior - ADJORI, que começou sexta-feira, 28, e prossegue até domingo, 30, no Hotel Plaza Itapema, em Itapema. Até agora, é possível concluir que, analisando a questão de forma romântica, o impresso vai sobreviver. Se for levada em conta a razão, está caminhando para o fim em longo prazo.

 “Por enquanto vai prevalecer uma ambivalência, uma coexistência, até que o jornal desapareça”, vaticinou a jornalista Tereza Cruvinel, mediadora do painel A notícia como matéria para as diferentes plataformas. O debate contou também com a participação do secretário de Estado da Comunicação Social, Nelson Santiago, para quem “os jornais impressos precisam ter seu site e precisam usá-lo com agilidade.

Quem pensa que o noticiário via internet precisa ser exclusividade dos grandes centros, pode estar enganado. “Quanto menor a cidade, mais necessidade da web”, opinou Santiago, explicando que nessas localidades a logística de distribuição de um impresso é de difícil execução. O painel contou ainda com a participação da coordenadora geral de relações com a imprensa regional da Presidência da República, Magda Lúcia Dias. Quem esperava que ela desse, pela importância do cargo, a palavra final sobre o assunto, enganou-se. Magda ficou em cima do muro. “É uma questão imprevisível”. 

Daí o secretário da Comunicação do governo do Estado de Santa Catarina parece ter aceitado a deixa: “se o jornal, impresso ou online tiver credibilidade e relevância, vai sobreviver”, ressaltou Santiago.