O 41º Congresso da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina, foi realizado no Plaza Itapema Resort & Spa, na cidade de Itapema, de 28 a 30 de junho. O evento reuniu mais de 300 proprietários de jornais e profissionais de comunicação de todas as regiões de Santa Catarina, além de representantes das ADJORIs de outros estados. 

Durante três dias foram debatidos, em palestras, clínicas, paineis e oficinas de reciclagem a administração, tecnologia, tendências macroeconômicas, mídias, marketing e políticas públicas em comunicação para jornais impressos e online. 

A palestra de abertura do evento foi proferida pelo senador Luiz Henrique da Silveira, na noite de sexta-feira (28). O tema abordado pode ser resumido em duas frases: “o global se apoia no local” e “o jornal não deve brigar com a internet e sim se valer dela”. 

Ao apresentar o tema “O avanço da tecnologia e os desafios do jornalismo”, o senador catarinense, falando para uma plateia de aproximadamente duzentas pessoas, disse que “estamos vivendo o admirável mundo novo, no qual toda a capacidade de armazenamento de dados usada para levar o homem à Lua cabe hoje em um aparelho celular”.

Luiz Henrique defendeu ainda a descentralização como forma de governo e como forma de informação. “O que interessa para o cidadão é a notícia local, a notícia regional, a notícia de onde se vive”. Para ele, as publicações do gênero são lidas pelas famílias e, por isso, têm alto nível de fidelização”, defendeu Luiz Henrique.

Na abordagem, o senador alertou que os profissionais do jornalismo local precisam ficar atentos, porque o avanço da tecnologia é de tal intensidade que pode não ser devidamente acompanhado. “Precisamos cuidar para que não morra (o jornal impresso) este instrumento de aprofundamento da super mídia, essa avalanche de informações que recebemos todos os dias”. No entanto, ele voltou a lembrar que muito se dizia do fim do teatro diante do cinema, e este não terminou, pelo contrário se fortaleceu assim como o livro, mesmo depois da chegada da internet. “Nunca se leu tanto como hoje em dia”, observou Luiz Henrique.