Escolas no Baú continuam sem solução cinco anos depois

Prefeitura ainda não encontrou um terreno para construir um novo educandário na localidade

Escolas no Baú continuam sem solução cinco anos depois

Já faz cinco anos da pior catástrofe climática vivida na região, mas as lembranças de quem vivenciou os momentos de terror ainda são muito recentes. Além das memórias, difíceis de esquecer, as marcas deixadas pela tragédia ainda são visíveis. Em Ilhota, no Baú Central, uma cena de descaso: até hoje, o ginásio de esportes da Escola Alberto Schmitt continua interditado pela Defesa Civil. Além da arquibancada destruída pela terra que desceu do morro que fica atrás da quadra, traves de futebol e tabela de basquete estão abandonados. E o pior: ainda não há sinal de que a situação será resolvida. Nada mudou após a denúncia feita pelo Jornal Metas, há exatamente um ano.

A situação, segundo a diretora da escola, Cíntia Batista Costa, é complicada. “Hoje, os alunos precisam brincar no pátio, mas o espaço é muito pequeno”, diz. Para a prática de atividades físicas, os alunos podem utilizar um campo de futebol particular, que fica em frente ao educandário. Mas, nos dias de chuva e de sol muito forte, não temos como fazer as atividades lá”, diz. Já os eventos para a comunidade e os pais são realizados no salão comunitário da Igreja Nossa Senhora do Rosário.

A falta de um local adequado para a prática de esportes e atividades extraclasse é, porém, apenas um dos graves problemas enfrentados pelos cerca de 400 alunos do educandário. Além da superlotação, o local onde está construído o prédio da escola não é totalmente seguro. “A área é monitorada constantemente e, em breve, um pluviômetro será instalado na escola. A qualquer sinal de perigo, as aulas são suspensas”, explica a coordenadora da Defesa Civil de Ilhota, Tatiana Reichert. Ela afirma que a recomendação da pasta é não fazer novos investimentos no local. “O mais seguro é procurar outra área e construir uma nova escola”. Em relação ao ginásio de esportes, ela explica que a Defesa Civil só irá liberar a reforma se apresentado um laudo assinado por algum engenheiro. Hoje, a Alberto Schmitt atende alunos de três comunidades: complexo dos Baús, Pocinho e Barranco Alto.

No Braço do Baú, o cenário é ainda pior: a construção da antiga escola Laudelino José de Novaes está abandonada. Há vidros quebrados, cadeiras jogadas, sujeira e mato ao redor do prédio. Em 2009, os alunos foram transferidos para a escola Alberto Schmitt, onde estudam até hoje. O antigo educandário, que atendia alunos do 1º ao 5º anos, chegou a abrigar as crianças que frequentavam o Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Terezinha Hammes Schmitz, que ficou totalmente destruído após a tragédia. Dois anos depois, quando foi inaugurado o novo CEI, o prédio da extinta escola foi interditado e desativado.

Mesmo o local não sendo considerado de risco, a construção está abandonada. 

Sem expectativa 

Procurado pela reportagem do Jornal Metas, o secretário de Educação de Ilhota, Airton Côrrea, afirma que a prefeitura ainda não encontrou um terreno para construir uma nova escola. “Estamos procurando e analisando algumas áreas”, disse. Segundo ele, um projeto de construção já foi encaminhado ao Governo Federal. O secretário também afirmou que a expectativa é reformar o ginásio interditado no ano que vem. 

Quanto ao prédio da extinta escola do Braço do Baú, ele afirma que nada de concreto está planejado e, por enquanto, o local continuará assim. “Ainda não temos um projeto definido para o local mas a nossa ideia é utilizar o espaço para capacitações e cursos e também para a implantação do Naes na localidade”.

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