Cidades terão novo mapeamento de risco

Carta Geológica de Suscetibilidade também será produzida para os municípios em 2014

Cidades terão novo mapeamento de risco

Quais são as ruas de Gaspar e Ilhota que estão em áreas de risco? Quais áreas estão mais suscetíveis intempéries climáticas, como alagamentos e deslizamentos? Cinco anos após a tragédia climática de 2008, as cidades do Médio Vale do Itajaí estão sendo contempladas com um mapeamento completo de riscos de desastres, que engloba 821 municípios brasileiros que passaram por algum tipo e catástrofe nos últimos anos.

Na região, Brusque já recebeu o mapeamento do governo federal. O de Gaspar deverá ser concluído até o final do ano e o de Ilhota ficará pronto no primeiro semestre de 2014. O mapa de risco apresentará as características do solo, as questões econômicas e das áreas onde há algum tipo de risco no município, identificando os problemas e apresentando soluções para o desenvolvimento sustentável dessas regiões.

Antes do mapeamento, o governo federal, por meio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), iniciou a setorização de riscos. Foram 58 áreas setorizadas em Gaspar e 50 em Ilhota. 

Depois do mapeamento, haverá ainda a produção da Carta de Suscetibilidade, que tem como objetivo apontar as áreas mais suscetíveis a processos de deslizamento, enchentes e inundações nos seus mais diferentes níveis. Esta última etapa é feita pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo, já foi iniciada em Ilhota e deverá começar em breve em Gaspar.

Diretora de Defesa Civil de Gaspar, Mari Inez Testoni Theiss conta que um mapeamento prévio das áreas de risco foi feito nos anos de 2009 e 2010, porém, a nova versão será mais completa e exata. 

“O primeiro foi mais abrangente, foi emergencial e colocou como risco, áreas que haviam dúvidas. Agora, teremos um serviço muito mais detalhado e, com certeza, o mapeamento ficará diferente”, comenta.

Ilhota

O único mapeamento das áreas de risco em Ilhota atualmente é para o Complexo do Baú. Ele foi feito por técnicos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em parceria com a Associação dos Desabrigados e Atingidos da Região dos Baús (Adarb). O documento chegou em maio a Defesa Civil do Município, hoje coordenada pela ex-presidente da Adarb, Tatiana Reichert. Ela aguarda a conclusão do novo mapeamento das áreas de risco de todo o município e da Carta de Suscetibilidade para avançar nas políticas de prevenção na cidade.

“O Brasil não possui uma cultura de prevenção. O foco dos trabalhos sempre foi  recupeação e reconstrução. Esses estudos que estamos recebendo são essenciais para o desenvolvimento urbano da cidade”, afirma.

Cheias

Nem Ilhota, nem Gaspar possuem ainda, uma cota de cheias que quais ruas são alagadas de acordo com o nível do rio. As duas defesas civis pretendem buscar recursos federais para fazer estas ações. Em Gaspar, Mari Inês conta que projetos já foram apresentados em Brasília, até agora sem retorno. Já Tatiana revela que procurará o Ceops da Furb e a Agência Nacional das Águas para fazer os estudos. “Hoje, temos apenas uma planilha de cotas manual, feito com base nas cheias de 2011 e 2013. Também vamos atrás de uma régua para medir o nível do Itajaí-Açu na cidade, que também não temos a precisão”, conclui.

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