Ações para prevenir

A tragédia de 2008 deixou a lição de que a região precisa estar preparada para desastres naturais

Ações para prevenir

As consequências da tragédia de 2008 mostraram o quanto o estrago poderia ter sido menor se as cidades estivessem preparadas. Ela foi uma surpresa, um susto que deixou rastro de morte e destruição no Vale do Itajaí. Em função do desastre, logo seguido por  uma enchente em setembro de 2011, os órgãos de Defesa Civil passam constantemente por formação e participam de ações e projetos de prevenção. Uma das ações de prevenção deste ano foi a instalação de pluviômetros pela Defesa Civil de Gaspar. Cinco aparelhos automáticos foram instalados nos bairros Centro, Barracão, Poço Grande, Arraial e Lagoa, e cinco semiautomáticos nos bairros Macuco, Coloninha, Santa Terezinha, Alto Gasparinho e Gaspar Alto. De acordo com a coordenadora da Defesa Civil, Mari Inez Testoni Theiss, quatro aparelhos serão instalados até dezembro.

Outra ação foi a instalação dos Nudecs, Núcleos de Defesa Civil que são formados por pessoas da comunidade. “Já fizemos uma das formações para Nudecs, disponibilizamos 10 vagas para cada Associação de Moradores, mas nem todas participaram e nem todas trouxeram 10 moradores. Nesta ocasião, começamos a preparar os grupos dos bairros para que eles ajudem a Defesa Civil em momentos de catástrofe”, ressalta a coordenadora. O trabalho do Nudec é orientar as pessoas durante estas situações, avisar a Defesa Civil sobre a situação do bairro e trabalhar a prevenção de desastres com a comunidade. Na enchente menor que houve em outubro deste ano, os Nudecs já estavam formados e mostraram sua utilidade na ajuda à comunidade e à Defesa Civil. Houve bairros que ganharam bateras para ajudar as pessoas a desocupar as casas em segurança. Destes, Mari Inês acredita que o único que precisou usar a embarcação foi o Sertão Verde. “Eles auxiliaram bastante no trabalho da Defesa Civil ao informar a situação dos bairros. Em dezembro, faremos um encontro para avaliar tudo o que deu certo e o que precisa ser mudado”, diz a coordenadora.

Além disso, há ainda a finalização do plano de contingência que deve acontecer ainda no final deste ano. Mari Inez explica que já havia um plano, que foi usado em 2011, porém o Governo Federal ofereceu a todos os órgãos da Defesa Civil uma formação para que pudessem refazer o documento dentro de um padrão. “Fizemos reuniões com cada secretário e equipe para esclarecer qual é o seu papel e quais são as informações que ele deve fornecer a Defesa Civil  em uma situação de desastre natural”.

 

 

Pluviômetros foram instalados 

A prevenção em Ilhota também contou com pluviômetros. Tatiana Reichert, coordenadora da Defesa Civil, conta que dois pluviômetros semiautomáticos foram instalados no Baú e quatro automáticos nos bairros Pedra de Amolar, Pocinho, Minas e Centro. Chegaram mais cinco aparelhos semiautomáticos e chegarão  três automáticos, totalizando 14 pluviômetros na cidade. 

“Os semiautomáticos foram instalados nos locais onde não há área para celular e estão em residências para que a pessoa possa fazer a marcação a qualquer momento do dia. Nos automáticos, priorizamos prédios públicos, escolas, igrejas. Este aparelho envia automaticamente a medição por mensagem de celular”, explica. Quando todos os sete semiautomáticos estiverem funcionando, Tatiana reunirá os responsáveis, para construir um histórico das chuvas na região. Ela explica que os pluviômetros são importantes para que haja um estudo real da área: 100 mm de chuva pode não prejudicar uma região e causar inundação em outra.

Neste ano, a Defesa Civil realizou uma reunião com os professores da escola Alberto Schmitt, no Baú Central, para elaborar um plano de evacuação. A escola está em local de risco e o plano deve ser desenvolvido no próximo ano, quando os professores terão a formação para entender como se deve evacuar a escola no caso de uma tragédia e passarão a informação para os alunos. Para o próximo ano, está planejada também a criação dos Núcleos de Defesa Civil (Nudec) nos bairros. Assim que o plano de contingência - que está em revisão - for aprovado, deve acontecer a formação de pessoas da comunidade para os núcleos. “Os Nudecs são disseminadores da prevenção, orientam a população dos bairros e levam a Defesa Civil o conhecimento real do que acontece no bairro”, destaca.

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